O nome do governador Paulo Câmara aparece na delação de João Pacífico e seus colaboradores na Odebrecht em uma petição de Rodrigo Janot.

No entanto, a promessa de pagamento de valores à campanha do socialista em 2014 acabou não acontecendo.

Dois despachos publicados hoje no Diário Oficial da Justiça trazem o nome do governador Paulo Câmara, na petição 6706 e 6724 com Eduardo Campos em destaque, com decisões do ministro relator da Lava Jato.

Na petição 6706, o Ministério Público Federal, com base nas delações de Marcelo Odebrecht e outros delatores, que a construtora baiana, a pedido de Eduardo Campos, teria autorizado o auxílio da Odebrecht no Centro Integrado dee Ressocialização de Itaquitinga por meio da Dag Construtora. “Alude-se, ademais, a pagamento em proveito da campanha de Eduardo Campos e distribuição de financiamento do BNDES.

Informa-se, por fim, a ocorrência de promessa de pagamento de valores à campanha de Paulo Câmara ao governo de Pernambuco, providência não efetivada”, ressalta o texto assinado por Fachin.

Fachin manda os processos para a Justiça federal em Pernambuco e manda investigar.

Se aparecerem indícios, o processo vai para o STJ, onde governadores contam com foro privilegiado.

Na petição 6724, o MPF se baseia em delações dos executivos regionais da Odebrecht para apontar que o ex-governador Eduardo Campos, com a ajuda de Aldo Guedes, ex-diretor da Copergás e sócio de Campos, teriam recebido cerca de R$ 5 milhões da empreiteira, por contratos para a obra do sistema adutor de Pirapama, no Cabo, tocado pela empresa baiana.

No Estado, os casos da Arena Pernambuco e de Pirapama estão com a juíza federal Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, a mesma magistrada que atuou na operação Turbulência, com pedidos de prisão depois revogados pelo TRF5.