Um dia depois de a imprensa nacional vazar parte do depoimento de Marcelo Odebrecht, mesmo estando em segredo de Justiça, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, desmentiu que seja verdadeiro.
Por meio de nota, ele reclama do site Antagonista, que divulgou partes do que seria o depoimento. “É preciso relembrar que, nos processos envolvendo o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foram ouvidas 102 pessoas, incluindo os notórios delatores, testemunhas de acusação e de defesa.
E nenhum desses depoentes fez qualquer afirmação que pudesse envolver Lula em ato ilícito relativo à Petrobras ou às propriedades que lhe são indevidamente atribuídas, especialmente o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia”. “O vazamento de trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht ao Juízo de Curitiba, ocasião em que teria dito que o ex-Presidente recebeu valores em espécie por meio de Branislav Kontic, insere-se no recorrente esforço de manter viva a perseguição contra Lula.
Só a permanente prática do lawfare explica esse novo episódio, após a superação de todas as anteriores suspeitas lançadas contra nosso cliente.
O ataque atual, capitaneado por um site que em situações anteriores deixou claro seu inexistente compromisso com a verdade, vale-se de uma declaração atribuída a alguém que está preso há quase dois anos, sem, portanto, a presença do requisito fundamental da voluntariedade das delações”. “Na condição de advogados de Lula, que a afirmação desse delator - se de fato ocorreu como vazado - não foi acompanhada de qualquer elemento de corroboração, sendo, portanto, uma declaração falsa, isolada e sem materialidade.
Lula já teve todos os seus sigilos quebrados, no Brasil e no exterior.
E nenhum valor ilegal foi encontrado, porque ele não recebeu qualquer valor ilegal”. “delação do fim do mundo” Nesta terça-feira, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas –como mostram as 83 decisões do magistrado do STF, obtidas com exclusividade pelo Estado.
O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não aparecem nesse conjunto porque não possuem mais foro especial.