Depois de perder a prefeitura de Jaboatão, os tucanos se movimentam na cidade.
Quatro movimentos ligados à questão da habitação realizaram, no início da manhã desta segunda-feira (10), um protesto em frente à sede da Prefeitura de Jaboatão, em Piedade.
A concentração é no mercado das Mangueiras, de onde sairam até a prefeitura a partir das 8h.
Segundo divulgam os tucanos, o Movimento Semente Urbana (MSU), Somos Todos Muribeca (STM), Grupo de Melhor Idade Flor do Carmelo e a Central de Movimentos Populares (CMP) lutam para sensibilizar a Prefeitura do município a efetuar o pagamento de dois terrenos – um no bairro do Loreto e outro na Muribeca – para a construção de dois conjuntos habitacionais. “Com o protesto, eles reivindicam uma audiência com o prefeito Anderson Ferreira, que, desde o início da gestão, não abriu o diálogo com os movimentos”.
No fim de 2015, os projetos dos dois habitacionais – elaborados pelo Grupo da Melhor Idade Flor de Carmelo - foram selecionados pelo Programa Minha Casa Minha Vida Entidades, do Ministério das Cidades.
O primeiro projeto para construir o Conjunto Habitacional Padre Henrique, com 256 unidades habitacionais, no bairro do Loreto.
O segundo, para o Conjunto Habitacional Batalha dos Guararapes, com 384 unidades habitacionais, na Muribeca, totalizando 640 habitações.
A partir de então, até julho de 2016, as áreas foram desapropriadas pela Prefeitura e a emissão de posse dos terrenos foram expedidas pela Justiça.
Todos os critérios solicitados pelo PMCMV – Entidades e pela Caixa Econômica foram rigorosamente cumpridos, entre eles, a aprovação da Lei Autorizativa pela Câmara de Vereadores.
Para concluir essa etapa dos projetos e dar início às obras, falta o pagamento dos terrenos.
Os recursos, da ordem de R$ 52.480.000,00 (cinquenta e dois milhões, quatrocentos e oitenta mil reais) para a construção dos habitacionais, já estão liberados pelo Ministério das Cidades.
Mas a contratação das obras está condicionada ao pagamento dos dois terrenos, no valor total de R$ 1.100.000,00 (Um milhão e cem mil reais).
O prazo dado pelo Ministério das Cidades está próximo de vencer. “Sem o pagamento dos terrenos pela Prefeitura, o município perderá todo esse investimento e as 640 famílias o sonho da casa própria.
Os representantes dos movimentos destacam que esse investimento vai gerar 450 empregos diretos e outras centenas de indiretos”.