Agência Brasil - O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcou nesta sexta-fe(7) os depoimentos do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, bem como de André Santana, auxiliar de ambos.

Eles serão ouvidos no dia 17 de abril, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições em 2014.

O casal de publicitários será ouvido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Salvador.

Segundo a assessoria do TSE, Benjamin ainda não decidiu se os depoimentos serão por videoconferência ou se ele irá pessoalmente à Bahia interrogar as testemunhas.

LEIA TAMBÉM » Defesa de Dilma pede ao TSE acesso às delações de João Santana e Mônica Moura » Ministro do STF homologa delação de João Santana e Mônica Moura João Santana e Mônica Moura foram responsáveis pelo marketing da campanha presidencial de Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e 2014.

Na última terça-feira (4), o plenário do TSE acolheu um pedido do Ministério Público Eleitoral para que eles fossem ouvidos na ação de investigação eleitoral contra a chapa Dilma-Temer.

No mesmo dia, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou acordo de delação premiada firmado por João Santana e Mônica Moura após negociação com o Ministério Público Federal (MPF). » Procuradoria recorre para condenar João Santana e Mônica Moura por corrupção » Advogado de Dilma diz que TSE reconheceu que houve cerceamento de defesa João Santana e Mônica Moura foram condenados, em fevereiro, pelo juiz federal Sérgio Moro a oito anos e quatro meses de prisão no âmbito da Lava Jato, acusados de terem recebido US$ 4,5 milhões em um conta de empresas offshores na Suíça.

Segundo as investigações, o dinheiro é proveniente do esquema de corrupção na Petrobras.

Processo As contas da campanha da chapa Dilma-Temer foram aprovadas por unanimidade, embora com ressalvas, pelo TSE em dezembro de 2014.

Pouco depois, no entanto, foi aberta a pedido do PSDB, partido do segundo colocado Aécio Neves, uma ação de investigação para apurar o eventual abuso de poder político e econômico pela chapa vencedora. » Julgamento da chapa Dilma-Temer deve ficar para o fim de abril » João Santana afirma que Dilma autorizou caixa dois, diz revista Em caso de condenação, o TSE pode tornar inelegíveis tanto Dilma Rousseff como Michel Temer, que pode ainda ser afastado da Presidência da República.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado.

A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos.