Agência Brasil - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira (7) que o impacto das mudanças na reforma da Previdência pode diminuir de 15% a 20% a economia que o governo previa obter nos próximos 10 anos com a reforma.

Em valores financeiros, a economia pode cair de R$ 750 bilhões a R$ 800 bilhões para cerca de R$ 650 bilhões.

Segundo o ministro, contudo, os cálculos estão baseados em “estimativas imprecisas” que ainda dependem de como ficarão regra de transição, benefícios e pensões no texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016.

LEIA TAMBÉM » Cinco pontos da reforma da Previdência serão alterados, afirma relator » Temer: Flexibilização do texto da reforma da Previdência não é recuo » Recuo na reforma da Previdência pode criar “Frankenstein”, diz líder da oposição O ministro reiterou que a redução na economia já está “precificada”. “Está nas nossas expectativas.

Não se pode pretender que um projeto dessa magnitude não tenha alteração de nenhuma vírgula”, afirmou.

ASSISTA » Resenha Política discute reforma da Previdência Meirelles também afirmou que não está prevista alteração na idade mínima da aposentadoria para homens ou mulheres. “Na atual proposta, a transição para mulheres começa aos 45 e para os homens aos 50 anos.

Mantém-se essa diferença por um longo período, 20 anos, mesmo nas discussões que estão sendo feitas para o período de transição”, argumentou Meirelles. » Reforma da Previdência: FBC diz que não dá para País se aposentar com 50 anos » Deputados a favor da proposta de reforma da Previdência pedem mudanças » Cármen Lúcia libera publicidade do programa de reforma da Previdência Nessa quinta-feira (6), o presidente Michel Temer autorizou o relator da PEC da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur Maia (PPS-BA), a flexibilizar pontos da proposta a fim de contornar a resistência de parlamentares da base aliada à reforma.

Contudo, o Planalto pediu a manutenção da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem.

Propagandas O ministro da Fazenda disse ainda que, a partir de segunda-feira (10), voltarão a ser veiculadas na televisão as propagandas sobre a reforma da Previdência.

No dia 15 de março, uma decisão da juíza Marciane Bonzanini, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, determinou a suspensão das peças que o governo exibia nos intervalos explicando a necessidade da reforma. » Haverá mudanças na reforma da Previdência, diz Paulo Câmara após reunião com Temer » Câmara pretende ampliar proteção a agricultor familiar na reforma da Previdência » Governadores do Nordeste cobram redistribuição das contribuições sociais e criticam reforma da Previdência A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, mas a decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Na última quarta-feira (5), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, concedeu liminar autorizando a veiculação das propagandas.