Com informações do UOL Uma semana após o Ministério Público Federal (MPF) denunciar o PP e políticos da legenda por improbidade administrativa, na primeira ação contra partidos na Operação Lava Jato, a 1ª Vara Federal de Curitiba decretou nesta sexta-feira (7) a indisponibilidade de bens deles.

A ação é de R$ 476.837.797,44.

O maior valor bloqueado foi do ex-deputado federal Mário Negromonte (BA), R$ 166,9 mil.

Do pernambucano Pedro Corrêa foram R$ 46,8 milhões.

Ele é delator da Lava Jato e teve prisão decretada em 2015, quando já estava preso por ter sido condenado no mensalão.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 9,88 milhões do PP.

LEIA TAMBÉM » Lava Jato: MPF propõe ação de improbidade contra o PP, Pedro Corrêa e mais nove políticos » PP diz que doações foram legais e não compactua com condutas ilícitas Foram bloqueados ainda R$ 78,8 milhões de Nelson Meurer (PR); R$ 2,7 milhões de Mário Negromonte Júnior (BA); R$ 7,7 milhões de Arthur Lira (AL); R$ 10 milhões de Otávio Germano (RS); R$ 8,16 milhões de Luiz Fernando Faria (MG); e R$ 8,16 milhões de Roberto Britto (BA).

Todos são deputados federais hoje.

De ex-deputados foram R$ 800 mil de Pedro Henry (PP) e R$ 124 milhões de João Pizzolatti (SC).

O valor total ainda inclui R$ 12,8 milhões de João Carlos Genu, ex-tesoureiro do partido.

Na ação do MPF contra o partido, foi descrito o funcionamento de dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras, um envolvendo contratos vinculados à Diretoria de Abastecimento.

O outro é referente aos benefícios obtidos decorrentes da atuação da Diretoria de Abastecimento em prol dos interesses da Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, especialmente no contrato de comercialização de nafta entre a estatal e a referida empresa petroquímica.

A ação pede o pagamento de R$ 2,3 bilhões, incluindo uma multa de ressarcimento aos cofres públicos de R$ 460 milhões, devido à propina na Petrobras.

Além disso, o valor leva em consideração uma multa civil de R$ 1,3 bilhão de outros R$ 460 milhões por danos morais coletivos.