Estadão Conteúdo - O Placar da Previdência feito pelo jornal O Estado de S.

Paulo mostra que, mesmo os deputados favoráveis, por princípio, à reforma, têm restrições à proposta apresentada pelo governo.

Dos 95 que disseram que votariam a favor, apenas 11 disseram que aprovariam o texto integralmente.

Os outros 84 querem mudanças.

Nas perguntas feitas aos deputados, as mudanças na proposta do governo eram em relação à idade mínima de 65 anos; a exigência de 49 anos para se ter acesso ao benefício integral para quem receberá acima do salário mínimo; e a regra de transição para quem tem mais de 50 anos, no caso dos homens, e de 45, no caso das mulheres.

LEIA TAMBÉM » Cármen Lúcia libera publicidade do programa de reforma da Previdência » Haverá mudanças na reforma da Previdência, diz Paulo Câmara após reunião com Temer » Câmara pretende ampliar proteção a agricultor familiar na reforma da Previdência O jornal priorizou esses pontos porque são considerados os mais importantes pela equipe econômica para não desconfigurar o texto enviado.

Muitos deputados, porém, fazem questão de ressaltar que também querem outras mudanças.

Eles pediram o abrandamento das exigências para a concessão da aposentadoria rural e do benefício assistencial pago a idosos e deficientes da baixa renda.

Também não concordam com a proibição de se acumular aposentadoria e pensão, desde que respeitado o teto do INSS.

O governo já sinalizou que está aberto a negociar esses pontos.

A bancada do PSDB na Câmara, por exemplo, fechou questão e afirma que só aprovará a reforma se esses itens forem modificados juntamente com a regra de transição. » Governadores do Nordeste cobram redistribuição das contribuições sociais e criticam reforma da Previdência » Temer diz que, sem reforma da Previdência, não haverá investimentos em 7 anos No caso da idade mínima de 65 anos, por exemplo, que é considerada praticamente o ponto central da reforma, dos 96 deputados que se disseram favoráveis, 68 pediram uma idade menor para as mulheres e 52 defenderam uma exigência menor também para os homens.

O jornal não conseguiu contato com 77 deputados.

Outros 54 não quiserem responder e 35 se declararam indecisos.

Um deles disse que vai se abster no dia da votação.