Agência Senado - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu voto de censura do Senado às declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) feitas em palestra na terça-feira (4), no Clube Hebraica do Rio de Janeiro.

Randolfe salientou nesta quarta-feira (5) que preferia não mencionar o nome do deputado, mas as declarações de Bolsonaro não podem passar sem uma condenação firme. “Ele passou de todos os limites imagináveis”, afirmou o senador, que citou especialmente a frase “Eu fui em um quilombo, o menor afrodescendente pesava sete arrobas.

Não fazem nada, e eu acho que nem para procriadores eles servem”.

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Conselho de Ética pode votar suspensão do mandato de Jean Wyllys » Cúpula do PR tenta atrair Bolsonaro Randolfe classificou a afirmação como um atentado à dignidade humana. “Esse tipo de declaração é uma ofensa à diversidade do povo brasileiro.

O Senado Federal não pode ficar calado”, disse.

Os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apoiaram a solicitação de Randolfe e manifestaram repúdio as declarações de Bolsonaro. “Acho que essa manifestação é extremamente oportuna.

Isso é uma incitação à violência, isso é incitação à discriminação”, afirmou Vanessa Grazziotin. » Ciro Gomes: Prefiro Bolsonaro em vez de Dória » “Se chegar lá, vou botar militares em metade dos ministérios”, diz Jair Bolsonaro Fátima Bezerra (PT-RN) também classificou como inaceitáveis as declarações do parlamentar. “É lamentável que no Parlamento brasileiro tenhamos integrantes com esse perfil, um perfil de agressão e insulto à cidadania, aos direitos humanos, agora com as comunidades quilombolas, isso é inaceitável”, declarou a petista.

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