A água da Transposição do Rio São Francisco deverá chegar à cidade paraibana de Campina Grande até o dia 25 de abril.
Foi o que garantiu o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta quarta-feira (5), em audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado.
A Paraíba foi o primeiro estado beneficiado pela obra, que começou há dez anos.
Na região de Campina Grande, o projeto deve abastecer 400 mil pessoas em 18 municípios.
As primeiras cidades atendidas pela água do ‘Velho Chico’ foram Monteiro, na Paraíba, onde 33 mil pessoas são beneficiadas, e Sertânia, no Sertão pernambucano, com 35 mil moradores.
LEIA TAMBÉM » Ministro confirma transferência de R$ 160 milhões do Ramal para a Adutora do Agreste » Transposição chega à Paraíba, mas ainda falta muito em Pernambuco » Temer inaugura Transposição, mas moradores de Monteiro agradecem a Lula No eixo leste, a água do São Francisco é captada em Floresta, no Sertão pernambucano, e vai até Sertânia.
De lá, vai para o açude de Poções, em Monteiro.
Depois, a água seguirá pelo Rio Paraíba até o reservatório Boqueirão, para reforçar o abastecimento em Campina Grande. É justamente a chegada ao açude que é esperada para o dia 25. “Primeiro disseram que água do eixo leste não chegaria a Monteiro, mas chegou no mês passado.
Depois afirmaram que não chegaria a Campina.
Já estamos no rumo do Boqueirão, levando tranquilidade hídrica para a a região”, afirmou Helder Barbalho no Senado esta tarde. » Transposição: MPF pede ao Ibama para fiscalizar crimes ambientais na Paraíba » PRE na Paraíba abre investigação sobre ato político com Lula na Transposição » Em Monteiro, Dilma diz que Temer não pode se vangloriar da Transposição Na audiência, o ministro também defendeu que nem todo o eixo norte está com obras paradas, e sim um dos trechos.
Entre Cabrobó (PE) e Jati (CE), a Mendes Júnior, empreiteira envolvida na Operação Lava Jato, abandonou o canteiro em junho, alegando dificuldade de obter crédito.
A licitação para substituí-la está em andamento e a assinatura do contrato era prevista para março, mas não aconteceu. » Ministério vai estudar uso de energia eólica e solar na Transposição » “Transposição é um duro golpe no coronelismo político do Nordeste”, diz governador da Paraíba » Novela da Transposição: governo Temer escolhe finalmente empresa que vai concluir eixo norte Há o problema também das obras complementares.
Em Pernambuco, por exemplo, passam mais de 200 quilômetros de canais só do eixo leste, mas só uma cidade é abastecida porque nem a Adutora do Agreste nem o Ramal estão prontos.
Como solução, o ministro apelou aos senadores. “Há de fato dissonância de calendário.
Não cabe agora buscar as razões.
O ideal seria termos as obras estruturantes complementares prontas ao tempo dos dois eixos, porém, temos que correr contra o tempo.
Peço que somem esforços para garantir verba orçamentária com emendas de bancada e individuais.”