Com Agência Câmara Por nove votos contrários e quatro favoráveis, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou nesta quarta-feira (5) a suspensão do mandato de Jean Wyllys (PSOL-RJ).
O parlamentar era alvo de um processo no colegiado por ter cuspido em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação que abriu o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), há um ano.
Os parlamentares aprovaram, porém, uma advertência por escrito contra Jean.
Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), proferir a censura.
Foi a a Mesa Diretora da Câmara que propôs o processo administrativo contra Jean Wyllys, pedindo uma pena de seis meses de suspensão do mandato.
O relator do caso foi Ricardo Izar (PP-SP), que pediu inicialmente a suspensão por quatro meses.
Porém, após a última reunião do Conselho de Ética, foi convencido pelos colegas a dar uma punição mais branda e reduziu o prazo para 30 dias.
Tanto Bolsonaro quanto Jean depuseram ao colegiado no fim do ano passado.
O acusado alegou que reagiu a ofensas homofóbicas de Bolsonaro, ditas anteriormente à data do episódio e também no dia.
Bolsonaro negou as ofensas e disse que que no dia do impeachment dirigiu a Wyllys apenas a frase “Tchau, querida”, um dos bordões da campanha contra Dilma.
O relator reconheceu que Wyllys foi provocado, mas afirmou que a atitude dele, ao revidar cuspindo, tem “natureza injuriosa” e é incompatível com o decoro parlamentar.