Agência Brasil - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou nesta terça-feira (4) acordo de delação premiada do publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura.

Responsáveis pelo marketing da campanhas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2010 e 2014, o casal assinou a delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

LEIA TAMBÉM » João Santana e Mônica Moura assinam acordo de delação com a PGR Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro do ano passado por determinação do juiz federal Sérgio Moro, mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões e ficarem proibidos atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso.

A assinatura do acordo tramitou em segredo de Justiça, mas foi divulgado nesta manhã pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, durante o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A informação foi anunciada para justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em que o PSDB pede a cassação da chapa. » Julgamento da chapa Dilma-Temer deve ficar para o fim de abril » Advogado de Dilma diz que TSE reconheceu que houve cerceamento de defesa » Defesa de Temer contava com adiamento, mas se surpreendeu com reabertura no TSE Durante as investigações, em depoimento ao juiz, Mônica Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça.

Segundo Mônica, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010.

A empresa do casal fez o trabalho de marketing político da campanha. » Moro condena João Santana, mulher e mais quatro na Lava Jato » João Santana diz a Moro que mentiu à PF para ‘não destruir a Presidência’ » João Santana diz que é preciso ‘rasgar véu de hipocrisia’ sobre doações eleitorais Após o depoimento, o PT declarou que todas as “operações do partido foram feitas dentro de legalidade”.

O partido também ressaltou que as contas de campanha eleitoral de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.