Agência Brasil - O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O anúncio foi feito nesta terça-feira (4) pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, durante o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma nas eleições de 2010 e 2014.
LEIA TAMBÉM » Julgamento da chapa Dilma-Temer deve ficar para o fim de abril » Advogado de Dilma diz que TSE reconheceu que houve cerceamento de defesa » Defesa de Temer contava com adiamento, mas se surpreendeu com reabertura no TSE Apesar de estar em sigilo, a informação foi anunciada para justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em que o PSDB pede a cassação da chapa. “Se afigura não menos importante que se inquiram também o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André Santana [auxiliar do casal].
Digo isso, diante da recentíssima notícia de que as pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, acordo este que se encontra submetido ao Supremo Tribunal Federal”, disse Dino. » Moro condena João Santana, mulher e mais quatro na Lava Jato » João Santana diz a Moro que mentiu à PF para ‘não destruir a Presidência’ » João Santana diz que é preciso ‘rasgar véu de hipocrisia’ sobre doações eleitorais Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro do ano passado por determinação do juiz federal Sérgio Moro, mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões e ficarem proibidos atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso. » Defesa de Temer pede para TSE desconsiderar depoimentos da Odebrecht » Delatores revelam detalhes do ‘departamento de propinas’ da Odebrecht » Odebrecht diz que ‘inventou’ campanha de Dilma em 2014 Durante as investigações, em depoimento ao juiz, Mônica Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça.
Segundo Mônica, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha da presidenta Dilma Rousseff, em 2010.
A empresa do casal fez o trabalho de marketing político da campanha. » Imbassahy diz que não vê instabilidade com o julgamento da chapa Dilma-Temer » Odebrecht delata caixa 2 para a chapa Dilma-Temer » MPE pede cassação de Temer e inelegibilidade de Dilma Após o depoimento, o PT declarou que todas as “operações do partido foram feitas dentro de legalidade”.
O partido também ressaltou que as contas de campanha eleitoral de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.