O Partido dos Trabalhadores (PT-PE) respondeu a nota que o Partido Socialista Brasileiro (PSB-PE) divulgou no último sábado (1º), sobre o resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Uninassau, em que mostrou as intenções de voto para 2018 e apontou uma reprovação de 74% à gestão do governador Paulo Câmara (PSB).
O PT afirmou que a nota do PSB era amostra da falta de uma autocrítica e que o partido expressou “ataques desfocados contra tudo e contra todos”.
O partido petista reafirmou a “ingratidão” dos socialistas e afirmou que partido “fixa no caminho conservador que já vem adotando há algum tempo”, após o partido apoiar o governo do presidente Michel Temer (PMDB).
LEIA TAMBÉM » 74% dos pernambucanos reprovam governo Paulo Câmara, diz pesquisa do Instituto Uninassau » Paulo Câmara é visto como responsável pela crise em Pernambuco, diz pesquisa » Paulo Câmara é apontado como o pior governador da história de Pernambuco “Em sua nota, o PSB afirmou que as claras dificuldades de sua atual e apática gestão teriam sido criadas ‘pelas políticas equivocadas dos governos do PT’.
Com esse tipo de justificativa falsa, manipula a história, ingressa de vez no terreno da ingratidão e se fixa no caminho conservador que já vem adotando há algum tempo”, afirma a nota oficial do PT de Pernambuco.
O Partido dos Trabalhadores também lembrou que o PSB fez parte dos Governos Petistas até 2013, durante os dois governos do ex-governador Eduardo Campos, que também foi ministro da Ciência e Tecnologia, no governo do ex-presidente Lula. » PSB defende Paulo Câmara e rebate pesquisa com críticas a Uninassau e Armando Monteiro » Nota do PSB mente sobre desempenho do Instituto Uninassau nas eleições em Pernambuco O partido finalizou sua crítica, dizendo que o partido do governador Paulo Câmara “precisa refletir mais sobre o caminho que tomou”.
Veja a nota oficial do PT “Abalado pela última pesquisa da Uninassau que indicou uma enorme rejeição popular e a ineficiência do Governo de Pernambuco, o PSB divulgou nota na qual, à falta de uma autocrítica e mesmo do que dizer, proferiu ataques desfocados contra tudo e contra todos.
Em sua nota, o PSB afirmou que as claras dificuldades de sua atual e apática gestão teriam sido criadas “pelas políticas equivocadas dos governos do PT”.
Com esse tipo de justificativa falsa, manipula a história, ingressa de vez no terreno da ingratidão e se fixa no caminho conservador que já vem adotando há algum tempo.
Como é notório, as políticas e as prioridades dos governos petistas de Lula e Dilma colocaram Pernambuco e o Nordeste em novos patamares sociais e econômicos, apontando rumos estruturadores para o País e para o seu povo, que ascendeu socialmente e saiu da fome aos milhões. » Nota do PSB mente sobre desempenho do Instituto Uninassau nas eleições em Pernambuco Sob o abrigo das políticas do PT, o nosso Estado afinal concluiu Suape e passou a refinar petróleo, a fabricar automóveis, a construir navios, a ter um novo parque industrial, a transpor águas, a construir a Transnordestina, a enfrentar a maior seca dos últimos 100 anos sem fome, sem saques e sem mortes de pessoas, dentre muitas outras transformações.
Também sob o abrigo e em razão direta dos Governos do PT, do qual o PSB participou até 2013, o governo de Pernambuco conheceu índices de aprovação expressivos que, até hoje, a pesquisa da Uninassau apura como uma duradoura avaliação positiva aos Governos de Eduardo Campos, ele mesmo um ex-ministro de Lula.
Depois de se afastar do PT e da sua própria linha histórica, o PSB mergulhou na conspiração para desestabilizar o Governo Dilma e para construir um ambiente de respaldo ao golpe parlamentar, desfechado com o apoio de todos os votos dos parlamentares do PSB e lançando a nossa democracia e o nosso País num abismo político e econômico, cujas consequências nefastas ficam visíveis cada vez mais.
Ora, construir o golpe e adentrar no Governo ilegítimo de Temer, indicando ministros a ele filiados ou à sua base de sustentação partidária, bem como votando nas suas medidas de supressão de direitos e de conquistas de nosso povo, é a real causa da rejeição popular e do precoce fracasso da gestão do PSB em Pernambuco.
Aliás, uma outra pesquisa, a do Ibope divulgada na sexta-feira, no sintomático dia 31 de março, evidenciou os índices de insatisfação e de ojeriza popular aos retrocessos que estão sendo impostos a Pernambuco e ao Brasil. » PTB rebate nota de Sileno Guedes. “O desespero bate à porta do PSB” » Em nota oficial, Isaltino Nascimento rebate críticas da oposição Envolvido pelas disputas internas de suas lideranças em conflito, geradoras de muitas manchetes desde que a eleição de 2016 se encerrou, o PSB deve se preocupar e responder pelos altos índices de violência do Estado; pela falência dos programas de segurança pública; pelo sucateamento que promove na saúde; pelo desprezo aos profissionais de educação; pelo acelerado desmonte dos programas sociais que foram conquistas históricas do povo pernambucano e pelas obras inacabadas que o seu governo vem deixando.
Precisa refletir mais sobre o caminho que tomou, sobre ambas as pesquisas e sobre a memória histórica do dia em que foram divulgadas, o dia do golpe de 64, que foi construído em Pernambuco com um outro impeachment fraudulento, o do Governador Arraes, que se destacou na resistência, na defesa do estado democrático de direito e sempre combatendo medidas que sacrificam o povo, a sua soberania e os seus direitos.
Recife, 03 de abril de 2017 BRUNO RIBEIRO Presidente do PT-PE”