O levantamento da Uninassau também mostra que o combate à violência é o principal calo da gestão socialista em Pernambuco.
Só perde para o problema do desemprego, na avaliação dos eleitores ouvidos.
Desgraçadamente, para a gestão Paulo Câmara, os leitores apontam o governador como o responsável direto pelos dois problemas.
Neste cenário, a rigor, não adiantaria dizer que a crise econômica ou a violência são problemas nacionais.
Os entrevistadores da Uninassau pergutaram aos eleitores qual o principal problema do Estado de Pernambuco.
Ao menos sete temas foram mais citados.
O tema da violência ou segurança foi o principal problema, citado por 41,3% dos entrevistados.
Não é por outra razão que a oposição bate na tecla, na Assembleia Legislativa ou fora dela.
Nesta mesma área problemática, desde o início da derrocada do Pacto pela Vida, o governo Paulo Câmara já enfrentou duas greves de PMs, em dois anos de gestão.
O segundo tema mais citado, com 21,1% das respostas, foi a questão do desemprego. » Secretário diz que oposição não trata segurança com seriedade » “Pacto naufragou”, diz Armando Monteiro sobre violência em Pernambuco » Grupo organiza protesto no Recife contra violência no Estado O pesquisador Adriano Oliveira, coordenador geral da pesquisa, lembra que os dois problemas simplesmente não apareciam nas avaliações de gestão realizadas nos governos Eduardo Campos.
Saúde aparece em terceiro lugar nas preocupações, com 16,9%.
O levantamento da Uninassau mostra que, para os leitores, o atual governador é o único responsável para resolver os dois problemas, na avaliação majoritária dos eleitores.
No caso da violência, Paulo Câmara ou o governo do Estado é citado por 64,9%.
Temer ou o governo Federal é citado por apenas 5,7%, em terceiro lugar, depois dos políticos ou governos em geral. » “Ninguém assalta ônibus com fuzil”, diz ministro em recado a Paulo Câmara » Oposição atribui crescimento da violência a déficit de policiais » Priscila Krause compara Paulo Câmara com Eduardo Campos para criticar segurança No caso do desemprego, mesmo sendo a crise nacional, mesmo com a realização de um forte ajuste fiscal, o governo do Estado ou Paulo Câmara é apontado por 49,4% como principal responsável.
Mais uma vez, neste quesito, Temer ou o governo Federal, aparece em terceiro lugar, com 14,1% das citações.
O que os gestores deveriam fazer para sair deste crise?
Mais policiamento e mais segurança foi a principal resposta apontada, com 31,8% dos entrevistados.
A segunda sugestão mais citada foi gerar mais empregos, para 19,3% dos entrevistados.
Além destes dois, em terceiro posição, outros 18,6% pediram mais investimentos em saúde. » Brasileiros terminaram 2016 com mais medo do desemprego, revela CNI » “Não quero iludir ninguém”, diz Temer sobre queda no desemprego » Desemprego atinge 12,1 milhões de pessoas, novo recorde na série histórica Neste cenário difícil para os socialistas, quais são as chances do governador Paulo Câmara ser reeleito? “Para um novo sucesso eleitoral, o governador Paulo Câmara precisa criar narrativas que expliquem e justifiquem a real situação do Estado para o eleitor.
E concomitantemente, prover ações concretas para atender, em parte, as demandas dos eleitores”, comenta Adriano Oliveira, coordenador gera da pesquisa da Uninassau. “Quando o eleitor tem sensação de insegurança ou escuta cotidianamente relatos sobre atos violentos, eles reprovam o gestor público.
Se o usuário reprova a qualidade do transporte público, ele avalia negativamente o gestor.
Eleitores sabem apontar o culpado pela deficiência de dado serviço público.
E sabem de quem é a responsabilidade para a solução dos problemas”, diz. “As demandas dos eleitores e a responsabilização que estes dão ao governador explicam a sua alta reprovação”.
Amostra em todo o Estado Para pesquisar as demandas de Pernambuco e o humor dos eleitores, o Instituto Nassau ouviu 2.014 pessoas (o padrão destes levantamentos de opinião é 1,5 mil pessoas), em todo o Estado de Pernambuco.
A amostra foi coletada no Recife, Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste, Sertão e sertão do São Francisco.
A pesquisa foi realizada nos dias 23 e 24 de março.