Os vigilantes de transportes de valores em Pernambuco vão decidir se entram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira, 30.
A categoria se reunirá em assembleia para apreciar a contraproposta do patronato.
Eles dizem que, “de forma intransigente”, o patronato não aceitou a pauta de reivindicações. “Caso a paralisação seja aceita pela maioria, os caixas eletrônicos não serão abastecidos e pode faltar dinheiro para saques nos equipamentos de todos os bancos e terminais 24 horas no Estado”, diz a entidade.
A greve, segundo o presidente do Sindfort-PE, Cláudio Mendonça, pode ser o único caminho para sensibilizar os patrões. “Eles não estão dispostos a negociar direitos trabalhistas e salários dignos para os vigilantes que trabalham em carros-fortes no Estado.
Na segunda-feira, 27, diretores da entidade sindical se reuniram com representantes do sindicato patronal (Sindesp) para mais uma rodada de negociação, mas sem êxito”.
O assessor jurídico do Sindfort-PE, Sávio Delano, disse que o momento é muito delicado para uma paralisação, principalmente para a população. “O sindicato não tem medido esforços para que a mesa de negociação continue aberta”.
Além de decidir greve por tempo indeterminado, a assembleia desta quinta-feira, 30, realizada às 20h no auditório do Sinpol, bairro de Santo Amaro, no Recife, vai deliberar sobre a adesão à paralisação nacional, na sexta-feira, 31. “Em caso afirmativo, o abastecimento de caixas eletrônicos ficará suspenso neste dia”.
Os vigilantes dos carros-fortes pedem um reajuste salarial de 8%, plano de saúde integral, tíquete nas férias, cesta alimentação e reajuste no tíquete. “O patronato oferece um percentual de aumento bem inferior e se recusa a atender as outras cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho 2017 da categoria”, diz.