O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) denunciou que mais da metade dos profissionais recém-contratados pelo programa Mais Médicos estão com os salários atrasados.
De acordo com o petista, cerca de 1.300 médicos que entraram na última seleção, 700 estão sem remuneração desde fevereiro.
O petista criticou o governo de Michel Temer (PMDB) e disse que este caso é uma demostração de que a gestão do peemedebista está desmontando mais uma política pública criada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “O Mais Médicos é um dos programas que deveria ser considerado prioritário por qualquer governo.
São vidas de pessoas que estão sob a responsabilidade desses profissionais, que, agora, tiveram os salários suspensos por incompetência do Ministério da Saúde,” lembrou Humberto.
O Ministério da Saúde informou que o atraso está acontecendo devido a erros no preenchimento dos dados dos médicos no sistema administrativo e avisou que o mais provável é que, somente em maio, a situação deve voltar ao normal.
O senador lembrou que isso nunca aconteceu no governo Dilma, desde a criação do programa em 2013. “Tudo é uma questão de prioridade com a questão social.
Criamos o Mais Médicos para levar atendimento à saúde de pessoas que nunca tiveram acesso ao serviço”, afirmou.
De acordo com Humberto, durante o governo da ex-presidente petista, o programa chegou a beneficiar mais de 63 milhões de brasileiros e que supriu a carência de médicos nos municípios em que os profissionais eram inexistentes ou escassos, principalmente no Nordeste.
Ao todo, 18.240 médicos atuavam em 4.058 cidades e nos 34 distritos de saúde indígenas.