Em pronunciamento na Câmara do Recife, a vereadora Michele Collins (PP) repudiou a posição do ministro da Educação, Mendonça Filho, que é contra o projeto nacional de Escola Sem Partido.
O gestor revelou a sua opinião sobre a proposta na última sexta-feira (24), em entrevista no Resenha Política, e justificou que aprovar a matéria seria “legislar impondo uma camisa de força aos professores”.
LEIA TAMBÉM » Ministro da Educação se posiciona contra Escola Sem Partido O projeto prevê neutralidade política do Estado, escolha dos pais sobre a educação que os filhos vão receber e proibição de ensino sobre gênero, podendo haver cartazes nas escolas para orientar os professores a não emitir opiniões sobre ideologias e partidos nem chamar manifestações ou revelar convicções pessoais. “Isso não funciona aqui nem em qualquer lugar do mundo”, disse o ministro na entrevista.
A vereadora da bancada evangélica classificou como “lamentável” a afirmação de Mendonça Filho. “Defendemos que esses temas devam ser tratados primeiro no seio da família”, disse. » Maioria foi contra projeto de Escola Sem Partido até agora » Projeto de Escola sem Partido é alvo de crítica de Danilo Cabral Para Michele Collins, na escola, assuntos como política e religião devem ser tratados de forma “neutra”. “O que vemos hoje não é essa neutralidade, de trazer o tema e colocá-lo em debate.
O que vemos hoje é os alunos sendo persuadidos a entender certas doutrinas religiosas, políticas, ideológicas”, afirmou a parlamentar. “A escola precisa fazer o seu papel sem tirar o da família.
O papel da família é inviolável.
Isso está sendo infringido.” » Câmara do Recife ainda tem projeto para proibir diversidade sexual em livros » Relatora, Teresa Leitão diz que PL para proibir livros sobre gênero nas escolas é inconstitucional A vereadora ainda usou o pronunciamento para pedir celeridade na tramitação de três propostas da bancada evangélica sobre o assunto.
Um deles é o polêmico projeto de lei de Carlos Gueiros (PSB) que quer proibir o uso de livros didáticos que abordem em seu conteúdo temas sobre identidade de gênero e diversidade sexual na rede municipal do Recife.