Após o vazamento de depoimentos do empreiteiro Marcelo Odebrecht, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, protocolou, nesta sexta-feira (24), um pedido de investigação sobre o caso.
O conteúdo do material que chegou à imprensa envolve os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT.
As afirmações de Odebrecht foram no processo contra a chapa formada pela petista e por Michel Temer (PMDB) em 2014. “O episódio em tela configura grave e inaceitável ruptura do dever legal de sigilo, com inequívocos contornos de ilicitude, estando a merecer, pois, rigorosa apuração das circunstâncias em que se deu o apontado ‘vazamento’”, afirma Dino no pedido de apuração.
LEIA TAMBÉM » Odebrecht diz que ‘inventou’ campanha de Dilma em 2014 » Marcelo Odebrecht revela repasses para ‘conta’ de Lula » “Não há previsão”, diz Fachin sobre inquéritos ligados à Odebrecht O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros ex-executivos da empreiteira ainda estão sob segredo de Justiça.
Segundo o procurador, devido ao envolvimento de agentes públicos com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF). » Defesa de Dilma nega ter dado ordens à Odebrecht » Edinho e partidos poderão acessar trechos de depoimentos da Odebrecht, decide TSE » Inquéritos baseados nas delações da Odebrecht não terão mais de 107 alvos Segundo o material revelado pelo site O Antagonista e pela agência Estadão Conteúdo, no depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Odebrecht afirmou que “inventou” a campanha de reeleição de Dilma.
O herdeiro da empreiteira também apresentou documentos que apontam o detalhamento da suposta movimentação da conta-corrente do Setor de Operações Estruturadas – o departamento da propina – realizada por Lula.
Na última quarta-feira (22), o ministro Herman Benjamin, relator do processo contra a chapa Dilma-Temer, entregou relatório parcial do processo aos integrantes do TSE.
A ação foi proposta pelo PSDB logo após o segundo turno das eleições de 2014.