Estadão Conteúdo - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, decidiu na noite desta sexta-feira (24) instaurar uma sindicância interna para apurar o vazamento dos depoimentos dos delatores da Odebrecht prestados à Justiça Eleitoral.
De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, os trabalhos serão coordenados pela presidência do TSE, com participação da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral.
LEIA TAMBÉM » Procurador pede investigação do vazamento de depoimentos de Marcelo Odebrecht Na manhã desta sexta-feira, Gilmar criticou o vazamento dos depoimentos sigilosos prestados por executivos da Odebrecht no âmbito das ações que pedem a cassação da chapa formada em 2014 por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB). “Eu exijo que nós façamos a devida investigação nesses vazamentos lamentavelmente ocorridos.
Isso fala mal das instituições. É como se o Brasil fosse um país de trambiques”, disse ao participar de um seminário sobre reforma política no TSE. » Delator da Odebrecht diz que caixa 2 e propina saíam da mesma conta » “Não há previsão”, diz Fachin sobre inquéritos ligados à Odebrecht » Marcelo Odebrecht revela repasses para ‘conta’ de Lula » Odebrecht diz que ‘inventou’ campanha de Dilma em 2014 Por meio de um despacho, o relator das ações no tribunal, ministro Herman Benjamin, autorizou na quinta-feira investigações sobre o vazamento atendendo a um pedido feito pela defesa de Dilma.
Segundo Gilmar, todas as providências para resolver o caso serão tomadas. “Acho que em todos os setores isso tem de ser feito.
Vazamento feito por autoridade pública é crime.
Tem de ser investigado e nós vamos investigar aqui”, afirmou o presidente do TSE.
Fontes do TSE relataram que o relator Herman Benjamin levou um susto com a notícia de que trechos das delações foram divulgados Os depoimentos dos delatores da Odebrecht prestados à Justiça Eleitoral estão mantidos sob sigilo.