Estadão Conteúdo - Após a vitória apertada do governo na votação do projeto de terceirização na quarta-feira (22) na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tentou desvincular esse resultado da futura apreciação da Reforma da Previdência.

Segundo ele, em cada tema os parlamentares votam de acordo com as suas opiniões, e uma questão não deve contaminar a outra. “A votação da terceirização não indica o resultado da Reforma da Previdência.

O projeto de terceirização foi aprovado por seus próprios méritos e a Reforma da Previdência também será avaliada pelos seus próprios méritos”, disse o ministro nesta quinta-feira (23).

Meirelles voltou a dizer que a Reforma da Previdência é importante para garantir que todos os segurados do INSS recebam suas aposentadorias.

O ministrou comparou novamente a situação de países europeus e Estados do Brasil que tiveram dificuldades em pagar os benefícios por não terem reformado o sistema.

Questionado sobre a exclusão pelo governo dos servidores estaduais e municipais da reforma, Meirelles alegou que a mudança não terá impacto nos cofres da Previdência federal e cobrou dos governos estaduais ações concretas para ajustar as suas contas. “Os servidores estaduais e municipais foram retirados da reforma porque queremos evitar um judicialização.

Agora, as finanças estaduais são importantes e devem ser levadas a serio pelas assembleias legislativas e pelos governadores.

O governo federal não pode assumir a responsabilidade de colocar tudo dentro do mesmo cenário”, concluiu o ministro.