O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) disse acreditar que a decisão do governo do presidente Michel Temer (PMDB) de jogar para os governadores e prefeitos a responsabilidade de penalizar servidores estaduais e municipais demonstra uma postura covarde e derrotista do Palácio do Planalto em relação à reforma De acordo com o senador, Temer resolveu “emendar o monstrengo que enviou ao Congresso” com a finalidade de tentar facilitar a aprovação do texto na Câmara dos Deputados. “É uma postura ridícula e, mais uma vez, mostra a fraqueza desse governo perdido.
Vendo que ia ser derrotado logo de início na sua proposta tosca de reforma da Previdência, ele joga para os governadores de Estado e prefeitos a responsabilidade de oprimir os seus próprios servidores. É um covarde quando quer destruir o sistema de seguridade e prejudicar os trabalhadores, e é mais covarde ainda quando não assume aquilo que propôs e quer transferir a terceiros as maldades que quer operar”, afirma o líder da Oposição. “Temer propôs uma fórmula que não tem qualquer amparo legal, tendo em que conta que o sistema de previdência do serviço público é verticalizado em todos os níveis, segundo a Constituição.
Ele propôs uma aberração, viu que ela não passa e, agora, que fazer um remendo incabível.
Ou seja, Michel Temer vai parir um Frankestein", explica o senador. “Mas não há a menor possibilidade de essa reforma ser aceita mesmo pela base dele.
Aliás, base cada vez mais fraca e acuada pela pressão popular.” Na tarde desta quinta-feira (23), Humberto Costa estará, ao lado do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, em um evento no Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Pernambuco (Sindsep-PE), para discutir o projeto de reforma. “O desmonte do sistema de seguridade no país, que aumenta para 49 anos o tempo de contribuição e para 65 anos a idade mínima para a aposentadoria.
As mulheres, os trabalhadores do campo, os professores e os policiais são alguns dos principais prejudicados”.
Na sexta-feira, Carlos Gabas estará na Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC) para conversar com os trabalhadores do Agreste do Estado sobre o tema.