O pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) rejeitou nesta quarta-feira (22) o recurso do prefeito interino de Ipojuca, Irmão Ricardo (PTC), e manteve o alerta que o impede de gerar despesas como o aumento da folha e novas obras de engenharia na cidade da Região Metropolitana do Recife.
Ele é o presidente da Câmara Municipal, mas assumiu a gestão depois que o candidato mais votado nas últimas eleições, Romero Sales (PTB), foi impugnado.
A nova votação está marcada para 2 de abril.
LEIA TAMBÉM » Em Ipojuca, irmão de candidato a vice recebia da prefeitura sem trabalhar, diz MPPE » Promotora de Ipojuca acusa aliado de Carlos Santana de fazer nomeação ilegal de diretor O alerta de responsabilização foi expedido em janeiro pela conselheira Alda Magalhães, a pedido do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO).
O objetivo, segundo o órgão, é de evitar transtornos na futura gestão do prefeito a ser eleito.
Os principais candidatos agora são Carlos Santana (PSDB), ex-prefeito e aliado de Irmão Ricardo, e Célia Sales (PTB), casada com Romero. » Em Ipojuca, TRE mandou retirar propaganda de Célia Sales com o rosto de Romero » PSDB e PTB travam briga política por prefeitura de Ipojuca Além do órgão de contas, o Ministério Público do Estado (MPPE) e o Ministério Público Eleitoral (MPE) também haviam expedido recomendações para o prefeito interino para evitar gastos. “A gestão do prefeito interino, até pela falta de legitimidade pelo voto popular, deve adotar apenas os atos estritamente necessários à manutenção dos serviços do Município, guardando, ainda, os princípios da impessoalidade, moralidade e prudência fiscal”, dizia o documento do MPPE. » Carlos Santana volta a disputar Prefeitura de Ipojuca e acusa adversários de “ódio” » Em Ipojuca, Célia Sales mantém discurso do marido em convenção A defesa de Irmão Ricardo defendeu que o alerta cerceava a atuação do prefeito interino, restringindo a liberdade para agir como prefeito pleno.
O procurador do MPCO Cristiano Pimentel rebateu as alegações dele.
A votação dos conselheiros do Tribunal de Contas ficou empatada até que o presidente do órgão, Carlos Porto, votou pelo arquivamento do recurso do prefeito interino.