As empresas investigadas na Operação Comunheiro, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta-feira (17), chegaram a movimentar R$ 13 milhões em Pernambuco.

A investigação começou após uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que apontou indícios de desvio de recursos públicos na prestação de contas anual da Câmara Municipal de Carpina.

O órgão informou nesta segunda-feira (20) que o que chamou atenção foi a incapacidade das empresas para prestar os serviços.

Algumas não tinham empregados ou até sede, além disso eram recém-criadas, sem tradição no mercado. “A possibilidade de elas estarem fornecendo de maneira correta esses bens e serviços era mínima.

Fisicamente não havia nem espaço para armazenar a quantidade de bens que elas forneciam numa única licitação”, disse Walter Martins, assessor da Coordenadoria de Controle Externo do TCE.

LEIA TAMBÉM » Polícia Civil faz operação contra fraude e lavagem de dinheiro em cidades do Estado Essa conclusão do Tribunal de Contas levou a uma investigação do Ministério Público e à operação, em que foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão domiciliar e dois mandados de condução coercitiva, todos expedidos pelo juiz da Primeira Vara Criminal da Comarca de Carpina.

Três suspeitos foram presos.

Além disso, foi feito o bloqueio judicial de contas bancárias das empresas.

De acordo com o delegado Izaías Novaes, responsável pela operação, o motivo é para que, após a condenação, os bens sejam usados para ressarcir o poder público dos valores apontados como ilícitos. » Vereador reeleito em Carpina é acusado de liderar esquema com servidores fantasmas A investigação apontou que três empresas - TWM comércio e serviços LTDA, Rede de Negócios Comércio e Serviços LTDA ME e Da Mata Comércio e Serviços LTDA ME - usavam laranjas para fraudar e ganhar licitações nas áreas de gênero alimentício, material de expediente e serviços em cerca de 20 municípios pernambucanos.

Carpina estava entre essas cidades.