“Vamos nos encontrar numa eleição direta. É logo ali.
Vamos exigir que os competidores não sejam impedidos de competir.
No tapetão não.” Esse é um trecho do discurso da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no que chamou de “inauguração popular” do eixo leste da Transposição do Rio São Francisco - nove dias após a cerimônia oficial pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Seguindo a estratégia política do PT, ela defendeu a candidatura de Lula em 2018 a afirmou que ele sofre perseguição.
O líder petista é alvo de inquéritos na Operação Lava Jato.
LEIA TAMBÉM » Lula e Dilma são recebidos pela militância petista na Transposição » Na Paraíba, petistas reforçam discurso por candidatura de Lula em 2018 Dilma ainda cobrou a paternidade da Transposição para os governos petistas. “Têm a cara de pau de dizerem que uma obra de transposição do tamanho dessa poderia ser feita, resolvida, em seis meses.
Esses que deram o golpe baseado em uma mentira”, disse no discurso. “Eu quero dizer que nós estamos vivendo um momento muito difícil em nosso País.
O golpe ainda está em andamento.
Faz parte do golpe contar mentiras sistemáticas, que levam alguém que nunca levantou um dedo pela Transposição vir aqui se vangloriar e dizer que foi ele que fez.” » “Não quero a paternidade dessa obra.
Ninguém pode tê-la”, diz Temer sobre Transposição » Transposição chega à Paraíba, mas ainda falta muito em Pernambuco Antes de Dilma, o líder da oposição a Temer no Senado, Humberto Costa (PT-PE) também criticou a inauguração da obra pelo peemedebista. “Eles vieram aqui com esse presidente sem voto, com um bocado de deputados que eram contra a Transposição”, alfinetou. “Diziam que era caro, que era uma obra faraônica, que nao iria sair do papel.
No momento que a água chega, são os primeiros a querer surfar na alegria do Nordeste, que, depois de 200 anos, viu o brasileiro pobre e nordestino tornar esse sonho realidade”, acrescentou o pernambucano.
No eixo leste, a água do São Francisco é captada em Floresta, no Sertão pernambucano, e vai até Sertânia, a primeira cidade beneficiada, onde a água abastece 35 mil pessoas.
De lá, vai para o açude de Poções, em Monteiro, atendendo 33 mil moradores.
Depois, a água seguirá pelo Rio Paraíba até o reservatório Boqueirão, para reforçar o abastecimento em Campina Grande e em cidades do entorno, onde a expectativa é de auxiliar 400 mil paraibanos.
Quando estiver pronta nos dois eixos, a Transposição deverá atender 12 milhões de nordestinos.
A obra começou em 2007, para ser concluída três anos depois.