O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (16) não acreditar que a disputa eleitoral de 2018 será uma ameaça para as reformas que o governo do presidente Michel Temer quer aprovar ainda neste ano - da Previdência, trabalhista, tributária e na área da educação. “A maioria dos (possíveis) candidatos é de centro ou de centro-direita e eles são favoráveis às reformas”, afirmou Meirelles, ao ser questionado sobre o tema durante a Conferência do Instituto Internacional de Finanças (IIF) sobre o G-20, em Frankfurt, na Alemanha.
LEIA TAMBÉM » Danilo Cabral cobrou de Meirelles mais debate para reforma da Previdência » Meirelles diz não ter presenciado nada ‘ilícito ou ilegal’ durante o governo Lula » Se for necessário elevar impostos, haverá aumento, diz Meirelles Doria Ao falar sobre os candidatos que aparecem mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, o ministro da Fazenda citou o nome do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Ele está subindo muito forte”, disse.
Meirelles também mencionou a eventual candidatura de um “militar controverso” na corrida presidencial de 2018, referindo-se ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O nome do próprio titular da Fazenda, filiado ao PSD e considerado o “pai do ajuste fiscal” proposto pelo governo, também aparece entre os possíveis candidatos na disputa à Presidência da República. » Após encontro com Meirelles, Maia diz que não foi pedir mudança em reforma O ministro falou ainda sobre uma possível candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018. “Claro que o PT do Lula fala contra a reforma.
Ele (Lula) falou em São Paulo ontem (anteontem); foi uma das coisas que ele falou”, disse Meirelles. ‘Moderado’ O ministro, no entanto, avaliou que, mesmo na hipótese de o petista vencer o pleito em 2018, dificilmente haverá impacto na reforma da Previdência, por exemplo.
Isso porque o ex-presidente, de acordo com Meirelles, tem um histórico de “moderação”.
O atual ministro de Temer foi presidente do Banco Central durante o mandato de Lula como presidente, de 2003 a 2010.
Na quarta-feira, durante manifestação em São Paulo organizada por centrais sindicais contra reformas do governo Temer, Lula disse que tentam “enfiar goela abaixo do povo uma reforma que vai impedir a aposentadoria de milhões”. “É preciso parar com essa bobagem de cortar. É preciso parar com essa bobagem de vender as nossas empresas estatais”, afirmou.