As águas do projeto de transposição do Rio São Francisco já estão correndo, inicialmente na Paraíba, com seus muitos pais.

O que pouco deve atrair desejo de paternidade é o custo embutido nas contas de água dos estados beneficiados pela obra, que tem um elevado custo por conta da necessidade de muita energia para empurrar a água por 200 quilômetros de canais, somente no eixo leste, o primeiro entregue.

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Governo Temer escolhe finalmente empresa que vai concluir eixo norte O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, estimou, no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta sexta-feira, que não será baixo o impacto. “Se fosse calculado hoje, o custo da água seria de 8% a 10% na conta do pernambucano”, declarou. » Armando Monteiro cobra ações complementares da Transposição » MPF quer saber vazão da água da Transposição na Paraíba » Temer ironiza manifestantes em Monteiro e diz que eles vão se banhar na Transposição No ar, o presidente da estatal observou ainda que não existe ainda uma definição de quem ficará responsável pela cobrança desta gestão federal das águas, junto aos Estados. “Pode ser a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) ou mesmo a iniciativa privada”, observou. » “Não quero a paternidade dessa obra.

Ninguém pode tê-la”, diz Temer sobre Transposição » Temer inaugura Transposição, mas moradores de Monteiro agradecem a Lula » Depois de Temer, Lula e Dilma vão à Paraíba dia 19 O eixo leste da transposição chegou à Paraíba, o primeiro estado beneficiado pela obra, no último dia 10, com visita do presidente Michel Temer (PMDB) à cidade de Monteiro.

No mesmo dia, o peemedebista foi a Sertânia, no Sertão pernambucano, para acionar o sistema que permite que a água chegue aos cerca de 35 mil pernambucanos atendidos pelo projeto.

No Estado, a transposição poderia beneficiar mais de 2 milhões de pessoas, mas a ausência de obras complementares, principalmente a Adutora e o Ramal do Agreste, limita os impactos positivos da obra.