O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) participa, amanhã (17), às 14h, na Praça do Derby, área central do Recife, de uma inauguração inusitada: a colônia de férias dos aposentados de Temer. “Durante o ato, serão apresentados esquetes teatrais que visam o diálogo com a população sobre como a Reforma da Previdência retira direitos dos trabalhadores’, explica a entidade. “O ato público e unificado se coloca contra a Reforma da Previdência e também reivindica o cumprimento do Piso Salarial Nacional do Magistério”.

A iniciativa do Sintepe ocorre em conjunto com os sindicatos da educação municipais Sinproja, Sinpc, Sinpmol, Sinpremo, Sinpere e Sinpro.

Na área privada, a palavra de ordem é a mesma.

O Sindicato dos Professores de Pernambuco convoca os professores da rede privada de ensino para assembleia geral extraordinária, com a finalidade de realizar o lançamento da campanha salarial 2017.

O evento acontece no dia 17 de março, às 9hras, na sede do Sindicato, no Recife. “A luta é por todos” é a palavra de ordem da campanha salarial 2017, que incluiu bandeiras voltadas para as demandas categoria, mas também “a luta pela preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários”. “Em meio a esse cenário turbulento de ataques aos direitos da classe trabalhadora, desmonte do Estado brasileiro e submissão à agenda da financeirização do capital, iniciamos mais uma campanha reivindicatória!

E diante da atual quadra política, precisamos fortalecer nossa entidade de classe para os desafios que o cotidiano nos apresenta.

Temos que começar essa nova campanha com força, mostrando que vamos defender nossos direitos e que queremos ser valorizados ”, afirmou o presidente do Sinpro Pernambuco, Helmilton Beserra.

Greve de servidores estimula O evento ocorre poucos dias depois que centenas de sindicalistas tomaram as ruas do Brasil numa greve geral convocada contra a reforma da Previdência do presidente Michel Temer (PMDB) e que o Senado tentou votar, nessa quarta-feira (15), o regime de urgência do projeto que endurece o direito de greve dos funcionários públicos.

Depois de um pedido de votação nominal feito pelo líder da Oposição, Humberto Costa (PT-PE), a proposta acabou retirada de pauta.

O senador criticou a inclusão da proposta na pauta justamente num dia de ‘mobilização histórica’, em que havia ‘um levante popular’ em todo o país. “Precisamos tratar desse tema. É um assunto sensível que atinge milhões de servidores e seria absolutamente inoportuno atropelar a discussão e votar a matéria num dia de protestos em todo o Brasil”, ponderou Humberto.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), decidiu retirá-la de pauta.

Parlamentares da base do governo ainda tentaram garantir a votação da urgência do projeto, de autoria do senador licenciado tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), hoje ministro das Relações Exteriores.

Porém, saíram derrotados. “É um governo ilegítimo e golpista, que quer meter uma mordaça nos servidores”, disse o líder da Oposição.

Segundo ele, a votação iria atropelar o bom senso, até porque o projeto foi rejeitado na Comissão de Direitos Humanos do Senado. “É necessário que a gente sente e analise com calma o que diz a proposição para construir um entendimento.

Não faz sentido querer apressar essa discussão”, afirmou.

De acordo com a proposta, a paralisação só poderá ser decretada depois que o poder público negar as reivindicações da categoria.

O texto estabelece ainda que haja manutenção de pelo menos metade do efetivo, podendo chegar a 80%, como no caso de áreas como saúde e segurança.