Um levantamento realizado pela Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com base nos dados do Portal da Transparência do Estado sustenta que o Governo de Pernambuco vem desmontando os principais programas sociais implantados nos últimos dez anos.

De acordo com a Oposição, ações como o Chapéu de Palha, Mãe Coruja, Atitude, Ganhe o Mundo e Pedala PE vem perdendo recursos gradativamente, sobretudo nos três últimos anos. “O Chapéu de Palha, por exemplo, apresentou uma queda da ordem de 35% nos valores desembolsados no ano passado em relação a 2014.

Foram R$ 51,8 milhões efetivamente liquidados no ano passado, ante R$ 81,3 milhões em 2014.

Infelizmente o que observamos é que a queda de investimentos nos últimos anos é uma constante nas principais ações do Estado, apesar de o Governo e seus representantes na Assembleia Legislativa tentarem passar a imagem de que vivemos num estado equilibrado financeiramente”, disse o deputado Silvio Costa Filho (PRB), na tarde desta terça-feira (14), no plenário da Alepe.

O parlamentar disse ainda a queda de R$ 5,8 milhões no programa Atitude, entre 2015 e 2016, e de R$ 18 milhões no Ganhe o Mundo entre 2014 e 2016. “São programas importantes, com foco na assistência à população.

Quando corta recursos do Atitude, o Governo está cortando assistência a pessoas viciadas em crack e outras drogas.

Quando se corta recursos do Chapéu de Palha, está se cortando assistência aos trabalhadores da cana-de-açúcar, fruticultura e pesca artesanal durante o período da entressafra”, reforçou o parlamentar.

Silvio lembra que entre 2015 e 2016, o Governo Paulo Câmara reduziu 9,8% nos gastos com educação e 3,8% nos gastos com a saúde. “O que está acontecendo com os programas sociais é o mesmo vem acontecendo com a saúde, que no ano passado teve R$ 200 milhões a menos, e na saúde, que também teve o orçamento reduzido em R$ 200 milhões. É o mesmo que aconteceu também com o FEM, que teve apenas 3,5% do FEM de 2015 executados e sequer teve lançadas as edições de 2016 e 2017”, comparou. “A Secretaria de Habitação, que tem o orçamento todo voltado ao pagamento de pessoal, é um exemplo de despesa que poderiam ser cortada.

O Estado precisa gastar menos com a máquina e mais com as pessoas.

Cortar secretarias, cargos comissionados, despesas com consultoria e priorizar os investimentos em saúde, educação, segurança a ações sociais”, defendeu.