Três empresas apresentaram propostas para realizar o estudo de viabilidade da Arena de Pernambuco, que vai definir a melhor forma de concessão do estádio e os moldes do processo licitatório.

O prazo acabou nesta segunda-feira (13) e agora a Comissão Especial de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer vai analisar a documentação das interessadas.

O valor do contrato, R$ 2,2 milhões, será pago pela próxima gestora da arena.

LEIA TAMBÉM » Um ano após Paulo Câmara romper contrato com Odebrecht, Arena de Pernambuco ainda não voltou para gestão privada » Quem vai assumir a Arena de Pernambuco nessas condições? » Paulo Câmara afirma que Estado não está envolvido no cartel da Arena de Pernambuco Depois que o Governo de Pernambuco concluir a avaliação dos documentos e homologar as vencedoras, elas terão até seis meses para elaborar o estudo.

A análise deverá ser técnica, ambiental, econômico-financeira e jurídica.

Só a partir daí será produzido e lançado o edital para definir a próxima gestora da Arena de Pernambuco, um processo que também pode durar alguns meses.

Após o rompimento do contrato com a Odebrecht, o estádio está sob responsabilidade do governo Paulo Câmara (PSB) há um ano, através da secretaria do também socialista Felipe Carreras.

A Arena de Pernambuco foi entregue em junho de 2013 e custou, segundo a gestão estadual, R$ 479 milhões. » Moro autoriza provas da Lava Jato em investigação sobre Arena Pernambuco » Cartel na Arena de Pernambuco é investigado pelo Cade » Oposição a Paulo Câmara na Alepe diz que investigação interfere no futuro da Arena Suspeitas sobre a construção do estádio foram investigadas na Operação Fair Play, realizada em 2015 pela Polícia Federal.

A apuração é se houve superfaturamento de R$ 48,7 milhões no empreendimento construído pela Odebrecht, que teve 78 executivos e ex-executivos com delação premiada.

O contrato com a empreiteira foi assinado na gestão de Eduardo Campos, quando o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio, todos do PSB, faziam parte do Comitê de Gestão Público-Privada do Governo de Pernambuco (CGP), alvo da ação policial.

Segundo a revista IstoÉ, os dois gestores, além do deputado federal Tadeu Alencar (PSB) e do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) são investigados em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo contrato com a Arena, em inquérito é totalmente sigiloso.