A reforma da Previdência caminha para a hora da verdade.

O tema é sensível, de repercussões e impactos duradouros.

O momento exige zelo redobrado.

Como em qualquer processo reformista, a proposta original não pode ser tomada como intocável.

Em ocasiões como essa, é do debate aberto e plural que podem sair as melhores respostas.

Mas a discussão precisa ser, acima de tudo, honesta, responsável, orientada por espírito público.

O que está em jogo é o futuro do país, não querelas partidárias.

Reforma da Previdência não se confunde com agenda de governo; é assunto de Estado.

Considero a proposta encaminhada pelo Executivo ao Congresso boa em vários aspectos.

O primeiro e central deles é a instituição de uma idade mínima para aposentadoria.

Em todo o mundo, todos os sistemas sólidos têm essa característica.

Outro pilar da reforma é a unificação de regras, acabando com as exceções que hoje caracterizam a nossa Previdência e que terminam por perpetuar vantagens, não por promover maior justiça social.

Essa, aliás, deve ser a maior premissa da reforma: ser justa e sustentável ao longo do tempo.

Os aspectos positivos não desautorizam, contudo, a necessidade de ajustes no texto.

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