Em entrevista à Rádio Jornal no programa Passando a Limpo desta sexta-feira (10), o senador Cristovam Buarque (PSS-DF) afirmou que se sente “mais traído pelo PT do que traidor”.

A declaração foi dada após ser levantada a crítica contra o senador pernambucano que ele seria “golpista” e “traidor do PT”. “Me sinto muito mais traído pelo PT que traidor.

Eu fui do partido que prometeu acabar com a corrupção e hoje está sendo símbolo da corrupção.

Eu e o Brasil nos sentimos traídos pelo partido”, disse.

Ele ainda afirmou que não poderia se manter numa legenda em que perdia seus princípios. “Romperei com qualquer sigla partidária para não romper com os meus princípios.

Tem gente que trata sigla como religião.

Eu não me sinto traidor porque continuo firme aos princípios que me filiaram ao PT”, criticou.

Em sua defesa diante da tese de golpista, Critovam argumentou. “Eu não votei no Temer para Vice, quem votou nele foi quem votou na Dilma.

Eu votei na Marina e depois no Aécio, mas não no Temer, qualquer presidente sabe que o vice pode assumir.

A gente fez isso com Collor e ninguém disse que foi golpe.

Quem votou no Temer foi quem votou na Dilma”, disse.

Sobre os motivos que levaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o senador se posicionou. “Gastar mais do que era possível e usar pedaladas depois é crime de responsabilidade.

Eu não sei onde estaríamos hoje se o governo Dilma tivesse continuado”, finalizou.