Para oficializar a reforma administrativa na prefeitura de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) enviou um projeto de lei para Câmara Municipal reduzindo o número de secretarias de 20 para 13.

Com a proposta, a gestão fica permitida a ter 535 cargos comissionados, enquanto antes eram 723.

Apesar da diminuição, na prática, não haverá economia financeira, já que, apesar dos cortes, houve aumentos de salários.

O menor salário pago pela prefeitura antes era o mínimo, hoje em R$ 937.

Agora passa a ser de R$ 1,2 mil, com 16 faixas acima dele até chegar aos R$ 12 mil.

LEIA TAMBÉM » Câmara do Recife anuncia corte de comissionados e prevê economia de R$ 3 mi por ano » PSDB nacional de olho na gestão de Raquel Lyra em Caruaru » Raquel Lyra aponta débito de R$ 51 milhões na previdência municipal de Caruaru “O objetivo é ter uma adequação mais justa e profissionais capacitados na prefeitura, que estava com um número muito grande na base e o corpo distorcido”, afirmou o secretário de Governo de Raquel Lyra, Rubens Júnior. “A maioria dos profissionais era de salário mínimo.

Como traz um técnico especializado para apoiar um processo de gestão de aterro sanitário?”, exemplificou. “Não traz.

Os salários eram muito baixos.” O secretário defendeu que a correção foi menor do que a inflação medida pelo IPCA Amplo no período de dezembro de 2013, ano em que foi sancionada a última lei, até janeiro de 2017, quando a nova gestão assumiu.

A taxa foi de 26,8% e o aumento dos salários foi de 25,08%, segundo ele. “Tem economia porque o reajuste médio foi menor do que o IPCA, ficaria mais caro 1,8%.

E a economia financeira é maior na hora que qualifica os quadros, com salários mais dignos, mais decentes”, argumentou. À Câmara, Raquel Lyra disse: “Vamos trabalhar um novo modelo de gestão, com ações integradas entre as secretarias, por territórios, e com ações participavas e transparentes.” Apesar de, com a lei proposta, ser permitido contratar até 535, de acordo com a prefeitura, hoje há menos de 200 comissionados em Caruaru.