O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a destacar a importância da aprovação da reforma da Previdência.
Segundo ele, a proposta do governo não é dura e não corta direitos, apenas garante o pagamento dos salários, das aposentadorias e das pensões dos trabalhadores no futuro. “A reforma vai organizar o sistema previdenciário.
Temos um caminho que é reformar agora sem cortar salário e aposentadoria de ninguém.
A proposta do governo não corta salário, nem corta aposentadoria, nem aumenta impostos para sociedade que vive no setor privado”, disse, nesta quarta. “Se não fizermos a reforma da Previdência, estaremos comprometendo o futuro das novas gerações e gerando uma crise ainda mais grave do que a imprensa divulga.
A gente precisa ter responsabilidade com o País”, afirmou, ressaltando a necessidade de recuperação da economia.
Como exemplo dos riscos neste momento, Maia citou o caso de Portugal, que, ao fazer uma reforma da Previdência em momento de crise econômica, cortou salários e aposentadorias de servidores e aumentou impostos para o sistema privado.
Base governista e da oposição criticam Deputadas e senadoras de diferentes partidos criticaram a reforma da Previdência (PEC 287/16), em sessão solene do Congresso Nacional em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que ocorre no Plenário do Senado.
A deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) foi uma das que criticou a reforma da Previdência, por “penalizar mais as mulheres do que os homens”.
Ela salientou a diferença salarial, durante a vida laboral, entre trabalhadores e trabalhadoras.
Além disso, ela chamou atenção para o alto índice de violência contra as mulheres que persiste no Brasil.
Conforme ela, no Carnaval, o Rio de Janeiro, uma mulher foi agredida a quatro minutos. Única mulher titular na comissão especial da reforma da Previdência, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também afirmou que as mulheres serão as maiores prejudicadas pela reforma, que iguala a idade de aposentadoria entre homens e mulheres.
Ela apontou o risco de retrocesso nos direitos das mulheres no governo Michel Temer, criticando, por exemplo, a retirada, pelo governo, do status de ministério da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
Entre outros pontos, a deputada pediu ainda a aprovação de cota para mulheres no Legislativo (Proposta de Emenda à Constituição 134/15), para que haja mais parlamentares do sexo feminino discutindo questões de seu interesse.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) também criticou a reforma da Previdência.
Segundo ela, a luta contra a reforma é a principal bandeira das mulheres brasileiras neste momento.
Ela citou relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mostra que as mulheres trabalham sete horas e meia a mais por semana do que o homens, devido à dupla jornada de trabalhos domésticos. “Apesar de trabalharem mais horas que os homens, elas recebem menos”, acrescentou.
Lídice da Mata apontou ainda o baixo número de mulheres no Parlamento – 10% de mulheres na Câmara e 14% no Senado, além de ter ressaltado que o Brasil é o quinto país com índice mais alto de feminicídio.
Com informações da Agência Câmara dos Deputados