Começou há pouco a reunião da Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL 6787/16), que recebe hoje os presidentes das seis principais centrais sindicais - CTB, CSB, Força Sindical, CUT, UGT e NCST.

Segundo o relator na comissão, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a audiência será importante para ouvir os principais impactados pelas mudanças que o Executivo quer implantar.

A maior parte das centrais participou do anúncio oficial no Palácio do Planalto, em dezembro de 2016.

A CUT, porém, se recusou a ir ao evento.

Segundo a entidade, a mudança do projeto permitiria a negociação ser feita com um representante dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados e dispensaria o apoio sindical.

No início da reunião, o foram aprovados dez requerimentos de audiências públicas para ouvir entre outros, os presidentes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luis Carlos De Oliveira.

Também foram convidados representantes da justiça trabalhista, do Ministério Público, de sindicatos e da academia.

Rogério Marinho afirmou que poderá ampliar a abrangência do projeto em seu relatório.

Segundo ele, dois pontos devem entrar: o fim do chamado imposto sindical e a redução de processos na Justiça do Trabalho.

A audiência de hoje é a terceira do colegiado e o relatório deve ser apresentado em meados de abril.

Amanhã será a vez das maiores confederações patronais falarem aos membros da comissão.

Com informações da Câmara dos Deputados O novo líder do governo na Câmara dos Deputados disse hoje acreditar que reformas têm apoio da população.

Para Aguinaldo Ribeiro, é preciso criar o ambiente necessário para que o investidor retome a confiança e volte a investir no País.

Como o governo pretende contornar a resistência em relação às reformas da Previdência e trabalhista? “Em primeiro lugar, existe uma compreensão dos brasileiros, em sua ampla maioria, de que é verdadeiramente necessário reformar.

Não podemos continuar como estamos, porque no futuro próximo toda a sociedade vai pagar a conta.

Em segundo lugar, em todas as propostas enviadas ao Congresso Nacional, nós temos a garantia dos direitos adquiridos.

Aquilo que foi conquistado pelo trabalhador, pelo aposentado ou por aquele que já tem o direito adquirido de se aposentar será preservado.

Essa é uma primeira premissa que nós devemos enfatizar, com veemência.

O governo não vai retirar conquista nenhuma. É necessário realmente se ter uma Previdência que tenha sustentabilidade.

Os recursos são da sociedade, e a sociedade sabe que é a própria sociedade que paga a conta.

Com esses ajustes que estão sendo feitos, se vai dar transparência com sustentabilidade para a Previdência”. “Em relação à reforma trabalhista, isso também é um anseio do próprio trabalhador e do empregador.

Nós temos hoje um outro tipo de relação trabalhista, um outro perfil do trabalhador quanto de empresário.

Nós temos um Brasil que compete com o mundo.

Então, ou a gente moderniza essa relação trabalhista, para que seja mais eficiente e para que permita o trabalhador optar pelo que é mais vantajoso para ele e que hoje a legislação proíbe.

Tenho a convicção de que vamos aprovar essa reforma aqui no Congresso”.