Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no processo contra a chapa Dilma-Temer, o ex-executivo da Odebrecht Hilberto Filho afirmou que o Departamento de Obras Estruturadas da empreiteira, responsável pelas propinas, pagou cerca de US$ 3,38 bilhões em caixa dois entre 2006 e 2014. É o que afirma o jornal O Estado de S.

Paulo.

Segundo o jornal, o ex-executivo detalhou os repasses no depoimento.

Em 2006 teriam sido US$ 60 milhões; em 2007, US$ 80 milhões; em 2008, US$ 120 milhões; em 2009, US$ 260 milhões; em 2010, US$ 420 milhões; em 2011, US$ 520 milhões; em 2012, US$ 730 milhões; em 2013, US$ 750 milhões; e em 2014, US$ 450 milhões.

LEIA TAMBÉM » Temer pediu apoio financeiro da Odebrecht ao PMDB, reafirma ex-executivo » Para relator no TSE, Odebrecht se apropriou do poder público » Ex-diretor da Odebrecht diz a Moro que “italiano” era Palocci De acordo com Hilberto Filho, os pagamentos eram feitos sempre em espécie, em hotéis onde os intermediários ficavam hospedados.

Porém, no depoimento, afirmou que o setor foi transferido para a República Dominicana com o avanço da Operação Lava Jato.

O ex-executivo apontou o marqueteiro João Santana, que cuidou de campanhas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), como um dos cinco maiores recebedores do setor de propinas da Odebrecht.

Segundo o depoimento, só em 2014 foram repassados US$ 16 milhões.

O pagamento teria sido feito a Santana por ele estar fazendo a campanha “dela” - que seria a petista.

A relação com o marqueteiro não teria se restringido ao Brasil.