No site Bytes Ainda sob a sombra das delações da Lava Jato, a Câmara dos Deputados tenta se concentrar nessa semana nas reformas trabalhista e da previdência.

As comissões fazem audiências públicas para acelerar a discussão e encaminhar para o rito de votação.

A atividade dos grupos de lobby está bem intensa nos bastidores. É o caso dos servidores públicos que tentam impedir a aprovação do artigo da reforma da previdência que permite que instituições privadas gerenciem fundos de pensão do funcionalismo municipal e estadual.

Os críticos consideram que essa mudança poderá ter um efeito de cavalo de tróia sobre os fundos de entidades fechadas, como das estatais (Previ, Funcef e Petros).

Todo esse universo tem ativos de R$ 796 bilhões, o equivalente a 13% do PIB.

Sindicatos também trabalham para conter as mudanças na legislação trabalhistas, especialmente na questão da terceirização da mão de obra.

O motivo é mais de natureza financeira do que ideológica.

Os sindicalistas estão preocupados com a redução do imposto sindical obrigatório, que deve ocorrer a partir da flexibilização da CLT.

O Brasil tem hoje 107 milhões de trabalhadores e 16,2% são sindicalizados (no Peru a taxa de 1,8%, nos EUA fica em 10,8% e na França está em 7,7%).

No País, 83,8% dos trabalhadores estão longe dos sindicatos, irrigados anualmente pela contribuição sindical obrigatória.

Esse é o benefício para os 10.817 sindicatos de trabalhadores em operação.

De janeiro a agosto do ano passado, segundo os dados do Ministério do trabalho, os empregados pagaram R$ 2,49 bilhões de contribuição sindical.

Em média, cada sindicato recebeu até essa data R$ 218.971,54.

Quando se soma as contribuições da empresa e do governo, cada sindicato ganhou R$ 329.243,73.