Em nota, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) afirmou que, ao citar o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o ministro Mendonça Filho (Educação), ex-governador e ex-vice de Pernambuco, respectivamente, não quis tentar responsabilizá-los.

O nome dos dois aparece na peça de resposta à denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato.

LEIA TAMBÉM » Em nota, Jarbas diz que apenas tratativas para refinaria foram no seu governo A principal acusação do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador, é o suposto recebimento de cerca de R$ 20 milhões em alegada propina, em troca de supostos benefícios tributários para empresas que atuavam em Suape e em obras da Petrobras em Pernambuco. “A defesa de Fernando Bezerra reforça que, conforme claramente demonstrado na documentação entregue ao STF - que é pública, aliás - o objetivo da peça é apresentar a cronologia dos fatos relacionados à Refinaria Abreu e Lima (Renest).

Tal cronologia comprova que Fernando Bezerra Coelho não tinha atribuições para dar contrapartidas citadas na denúncia.

O que se argumenta na peça de defesa do senador é, portanto, que não se sustenta qualquer ilegalidade de atos praticados por Fernando Bezerra, já que eles são anteriores à falsa imputação feita por colaborador da Justiça (de solicitação de recursos à campanha de Eduardo Campos)”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do socialista. » Defesa de Fernando Bezerra recorre ao STF para derrubar decisão do relator da Lava Jato » Aldo Guedes pede que MPF cite representantes de empreiteiras em inquérito sobre FBC » Janot diz que propina foi usada na campanha de Eduardo Campos em 2010 Na peça, uma das defesas de Fernando Bezerra Coelho foi de que não podia ser responsabilizado, pois os protocolos e leis que autorizaram os benefícios das empresas foram autorizados por Jarbas e Mendonça.

Em nota ao Blog de Jamildo, o socialista diz que não acusou os dois de irregularidades e que ambos foram citados para apresentar uma cronologia da concessão dos benefícios questionados por Janot.

Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho afirmaram em nota que na gestão deles foram feitas tratativas iniciais e protocolos de intenção para a construção da Refinaria Abreu e Lima. “Contratos e aditivos assinados entre as partes foram feitos em outras administrações”, diz uma nota dos dois.