Estadão Conteúdo - O presidente Michel Temer se reuniu na última sexta-feira (3) com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e com o deputado André Moura (PSC-SE) para oficializar a reestruturação nas lideranças do governo no Senado e no Congresso.
Conforme antecipou a Coluna do Estadão, Jucá será o novo líder do governo no Senado e Moura vai assumir o lugar do peemedebista na liderança do governo no Congresso.
A mudança ocorre após a ida do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), então líder no Senado, para o Ministério das Relações Exteriores no lugar do tucano José Serra - que deixou a Esplanada dos Ministérios e voltou à cadeira de senador.
O peso da liderança do governo no Senado tradicionalmente é maior, já que a Casa é revisora das propostas legislativas.
Cabe aos senadores, portanto, dar a palavra final sobre os projetos que são dali enviados para a sanção presidencial.
Com relação estreita com o Planalto, Jucá terá a função de fazer a articulação com os integrantes da Casa para aprovar reformas consideradas pilares do governo Temer. » Rodrigo Janot pedirá investigação de ministros e aliados de Temer » Empresa suspeita de elo com Romero Jucá obteve R$ 30 milhões Passado o feriado de carnaval, o governo iniciou uma ofensiva para agilizar a aprovação da reforma da Previdência e evitar grandes mudanças no texto original.
O projeto ainda está na Câmara, mas Planalto e Fazenda trabalham com a perspectiva de que o material chegue ao Senado ainda no primeiro semestre. » Temer formaliza Romero Jucá como líder do governo no Congresso » Romero Jucá diz que o governo Temer irá aprovar o que for necessário “para colocar o País no rumo certo” Jucá vai acumular também a função de primeiro vice-líder do governo no Congresso.
A intenção é que o senador continue a ajudar o Planalto na aprovação de medidas provisórias consideradas essenciais e em matérias orçamentárias.
Centrão O posto de líder do governo no Congresso costuma ser ocupado por um senador, mas a nova composição é uma tentativa do Planalto de acalmar os ânimos do Centrão na Câmara e conquistar ampla base de apoio para avançar com a reforma da Previdência.
O Centrão, grupo político ao qual André Moura pertence, ameaçou se distanciar do governo após Moura ser deposto do cargo de líder na Câmara.
O deputado do PSC era um dos principais aliados do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ).