Durante o depoimento do ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ao ministro Herman Benjamin do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que em meados de 2014, Marcelo Odebrecht mandou que ele ajudasse o executivo da empreiteira mais ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandrino Alencar.

De acordo com O Antagonista, Alencar disse a Fernando Reis que havia ocorrido uma reunião de Marcelo Odebrecht com Guido Mantega.

Nessa reunião, o então ministro da Fazenda pediu ao empreiteiro “apoio financeiro” para que o PT confirmasse a participação de partidos a coligação em torno da candidatura de Dilma Rousseff - e, assim, obtivesse mais tempo de propaganda eleitoral na TV.

Mantega também explicou ao ex-presidente da Odebrecht que, devido a uma relação sindical complicada havia uma dificuldade em relação ao PDT.

Era preciso atuar rapidamente para garantir que os pedetistas aderissem à chapa Dilma-Temer. » Marcelo Odebrecht confirma caixa 2 para a chapa Dilma-Temer Para convencer o partido, foi estabelecida uma faixa de “apoio financeiro” entre R$ 4 milhões e R$ 7 milhões de reais.

Então, Reis marcou, em seguida, uma conversa com o então tesoureiro pedetistas, Marcelo Panella.

Eles se encontraram numa cafeteria em São Conrado, no Rio de Janeiro.

Na conversa, Fernando Reis comunicou a Panella que tinha a permissão de oferecer ao PDT R$ 4 milhões via caixa 2, em troca da confirmação da participação do PDT na coligação Com a Força do Povo. » ‘Eu era o otário do governo; eu era o bobo da corte’, diz Odebrecht No entanto, o tesoureiro respondeu a Fernando Reis que já esperava o contato de Odebrecht, mas achou o valor baixo.

De acordo o site, eles ficaram de voltar e de se encontrar depois da formalização do apoio do PDT a campanha de Dilma Rousseff.

Após receber sinal positivo do “setor de operações estruturadas”, que administrava a distribuição das propinas pela empreiteira, Fernando Reis procurou Marcelo Panella no final de julho de 2014.

Combinaram quatro entregas no valor de R$ 1 milhão de reais cada uma. » Aécio Neves pediu R$ 15 milhões, diz Odebrecht Segundo Fernando Reis, as entregas das parcelas de R$ 1 milhão de reais, em espécie, ocorreram em 4 e 11 de agosto e 1º e 9 de setembro daquele ano, no escritório de Marcelo Panella, no Centro do Rio de Janeiro.