Em comemoração ao Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) requereu a realização de uma sessão solene na Câmara dos Deputados.
A homenagem ocorrerá na próxima terça-feira (07), às 10h, no Plenário Ulisses Guimarães. “Centenas de heróis morreram lutando pela liberdade no Brasil. É importante destacar a coragem e o espírito de luta que sempre caracterizaram o povo pernambucano.
A Revolução Pernambucana entrou para a história como o maior movimento revolucionário do período colonial”, explicou o deputado, esclarecendo o porquê da celebração.
No plano local, na próxima segunda (6), às 18h, a Assembleia Legislativa de Pernambuco realiza reunião Solene para homenagear os 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817.
O deputado Ricardo Costa, vice-líder do governo Paulo Câmara, é o autor do requerimento que faz homenagem ao grande marco histórico e de relevância para o Estado de Pernambuco.
O Governo de Pernambuco junto com diversas instituições culturais também vai realizar uma série de festividades a partir do próximo dia 06 de março, Data Magna do Estado de Pernambuco, que se estenderá durante todo o ano.
Os eventos foram planejados pela Comissão Organizadora do Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, instituída em 2015, e formada por representantes das secretarias estaduais da Casa Civil (que coordenará o grupo), Cultura e Educação; Prefeitura do Recife; Assembleia Legislativa; Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); Academia Pernambucana de Letras (APL); Ministério da Cultura (Minc) e Comitê Pernambuco 2017.
Revolução A Revolução Pernambucana de 1817 ou Revolução dos Padres foi deflagrada no dia 6 de março na então Província de Pernambuco.
Trata-se de um marco da luta contra a opressão da Corte Portuguesa.
O famoso movimento histórico foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca.
O grupo instalou um governo provisório que tinha como propostas a proclamação da República, a extinção de impostos abusivos e a elaboração de uma Constituição para garantir direitos aos cidadãos como a igualdade de todos perante a lei, a liberdade religiosa e a de imprensa.
O movimento reuniu representantes de diversos seguimentos sociais que desejavam a emancipação política.
A Corte Portuguesa terminou sufocando a Revolução, prendendo e matando os seus líderes.
Entretanto, essa luta teve um papel de destaque no processo de pressão política que culminou com a proclamação da independência do Brasil em 1822.
Projeto de Terezinha Nunes Antes deste amor todo pelo passado irredento, só me lembro da luta da deputada estadual Terezinha Nunes, do PSDB, para oficializar a homenagem a data magna.
Em novembro de 2007, o presidente da Assembléia Legislativa, Guilherme Uchoa, chegou a fazer uma parceria com a Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe) para um consulta pública para escolha da data magna de Pernambuco, de acordo com projeto apresentado pela deputada Terezinha Nunes.
As datas a serem submetidas ao público foram definidas pelo Instituto Histórico, Artístico e Geográfico do Estado de Pernambuco e são as seguintes: 13 de janeiro (data da execução de Frei Caneca), 27 de janeiro (Restauração Pernambucana), o6 de março (Revolução Constitucionalista de 1817), 05 de outubro (Convenção de Beberibe) e 10 de novembro (Proclamação da República no Senado de Olinda).
Por uma destas ironias do destino, foi em um 06 de março, em 2014, que morreu o ex-senador Sérgio Guerra, ex-socialista, no PSDB, além de amigo pessoal de Terezinha Nunes.
Na Data Magna de Pernambuco, Governo homenageia com medalha 16 personalidades