Já apontado como um dos possíveis candidatos a governador de Pernambuco, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, admitiu que tem o sonho de ocupar o cargo no Palácio do Campo das Princesas.
O tucano foi o entrevistado desta sexta-feira (3) no programa Resenha Política, na TV JC. “Qualquer um de um estado político como Pernambuco tem o sonho.
Mas não é isso que me move”, disse o ministro.
Questionado sobre os planos para 2018, Bruno Araújo afirmou que as eleições ainda estão distantes e completou: “A sociedade ainda não quer hoje ouvir falar de política”. “O PSDB é um partido de muita paciência”, falou ainda.
O ministro defendeu que, nacionalmente, o partido dele e o PT são os protagonistas eleitorais desde 1994. “O PT continua tendo um quadro eleitoral muito relevante, que é o ex-presidente Lula, e ninguém pode tapar os olhos.
O PSDB continua com o mesmo problema de sempre, que é quem escolher.
Temos um problema bom”, avaliou, citando os nomes do senador Aécio Neves (MG), o governador Geraldo Alckmin (SP), do ex-ministro José Serra (SP) e do atual prefeito de São Paulo, João Doria, um estreante na política. “Eu, Betinho (Gomes) e Daniel (Coelho) temos uma convivência diária com Aécio, mas não muda em nada a relação com Alckmin, Serra ou outro quadro”, respondeu ao ser perguntado sobre qual dos nomes a bancada pernambucana do PSDB defenderia para 2018. » Assista à íntegra do Resenha Política com Bruno Araújo: Lava Jato Bruno Araújo foi citado na delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que afirmou ter desenvolvido com o tucano uma “boa relação profissional e pessoal”.
O ministro reconheceu ter desenvolvido uma amizade com o delator e afirmou: “Ele se restringe a dizer de uma relação institucional que teve comigo”.
Dois dias depois de o ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, afirmar em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que Aécio Neves, teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014, Bruno Araújo afirmou que as consequências das delações da construtora devem ter duas repercussões: uma na Justiça e uma da avaliação dos eleitores. “Cada eleitor vai fazer uma leitura para cada caso específico”, prevê o ministro. “Golpista” Bruno Araújo foi o 342º deputado a votar “sim” pela admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o voto decisivo para a ação seguir para o Senado.
Desde então, tem sido alvo de protestos e é chamado de “golpista” por militantes petistas e aliados do partido. “Não tive nada mais constrangedor que mereça algum registro.
Não havendo agressão, eu respeito a crítica.
Cada um pode montar o seu jargão que quiser para fazer oposição política.
Faz parte do jogo”, minimizou. “Foi um momento especial que eu vou guardar para a história.”