O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, está se submeteu a uma cirurgia para retirada da próstata nesta segunda-feira (27).

Segundo o portal de notícias UOL, o procedimento começou às 9h30, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

Padilha, que está de licença médica desde a semana passada e foi internado na noite desse domingo (26) para a cirurgia.

A previsão é de que o ministro permaneça internado, em recuperação, até a próxima quinta-feira (2) e que retorne a Brasília para reassumir suas funções no dia 6 de março.

No dia 20 de fevereiro, Padilha passou mal e teve de ser internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para tratar de uma obstrução urinária.

O diagnóstico foi de hiperplasia, que é o aumento da próstata. » Padilha fará cirurgia de próstata e retorna às atividades no dia 6 de março Padilha está desde a quinta-feira (23) em Porto Alegre para a realização de exames pré-operatórios.

Em novembro do ano passado, o ministro da Casa Civil já havia sido atendido pelo serviço médico do Palácio do Planalto devido a um pico de pressão que o deixou afastado do cargo por dois dias.

Exames não constataram problemas cardíacos.

Em setembro ele também registrou alta na pressão arterial, com licença médica de cinco dias.

A permanência de Eliseu Padilha no governo é incerta.

Na semana passada, José Yunes, o ex-assessor especial da Presidência, disse em depoimento à Procuradoria-Geral da Presidência (PGR) que foi usado como “mula” por Padilha em setembro de 2014 para intermediar a transferência de um pacote do doleiro Lúcio Funaro.

O pacote teria uma parte não especificada de uma pagamento de R$ 10 milhões cobrados pelo então vice-presidente Michel Temer da construtora Odebrecht, para a campanha eleitoral de 2014. » Lava Jato: Para Yunes, Padilha ‘tem que ser ouvido’ A mesma versão conta da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

Yunes, que depôs espontaneamente à PGR, afirmou também que está disposto a participar de uma acareação com o ministro para esclarecer o suposto repasse de dinheiro da Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB.

Um depoimento de Padilha precisaria de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ministro tem foro privilegiado. » Após depoimento de Yunes, PGR deve investigar Padilha Em nota oficial, Temer admitiu o pedido, mas disse que a doação foi “legal e registrada na Justiça Eleitoral”.

O ministro Eliseu Padilha não comentou o caso.