O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), presidente da CPI das Faculdades Irregulares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), informou que no próximo dia 6 será apresentado, em audiência pública da Comissão de Educação da Casa, o relatório do Ministério da Educação sobre as instituições investigadas.
O colegiado recomendou o indiciamento de 14 faculdades e 19 pessoas.
Segundo Novaes, o parecer mostra que 1.313 pessoas receberam diplomas da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso) sem que tenha havido registro de presença em sala de aula.
Na Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), foram mais 31. “Vamos mostrar para a sociedade as instituições que estão lesando os estudantes pernambucanos”, afirmou o deputado.
LEIA TAMBÉM » Irregularidades apontadas na CPI das Faculdades podem ter afetado 50 mil alunos no País » MEC vai investigar faculdades denunciadas pelo Legislativo de Pernambuco » Após CPI, Alepe pede indiciamento de 19 representantes de faculdades irregulares As principais irregularidades apontadas pela comissão, ao investigar as faculdades, foram o oferecimento de cursos de extensão sob forma aparente de graduação e o comércio de diplomas.
Entre os crimes apontados pelo colegiado estão propaganda enganosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa. “Tivemos cidadãos que foram enganados, ao receberem certificados de cursos que não são reconhecidos por conselhos profissionais”, salientou o presidente da CPI das Faculdades Irregulares. “Vamos continuar cobrando ao MEC e ao Ministério Público Federal que consigam extirpar esse mal.
Também sugerimos a criação de uma CPI no Congresso Nacional sobre o assunto.”