Entrevistado no programa Resenha Política desta sexta-feira (24), véspera de Carnaval, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) reconheceu os números negativos da segurança no Estado, mas prometeu que as festas não serão violentas nos próximos quatro dias.
O socialista foi questionado diversas vezes sobre segurança pública.
Em uma das perguntas, sobre a existência de investigações contra policiais envolvidos em ações criminosas, admitiu que há apurações e prometeu punições.
LEIA TAMBÉM » Paulo Câmara diz que população não deve ter receio no Carnaval “Existem muitas investigações. É uma parcela pequena que há que vai ser punida.
Não vamos admitir isso.
Estamos buscando eliminar essas pessoas que hoje têm feito errado, atos que não podem acontecer, principalmente quando envolve a vida das pessoas.
Isso não vai ser admitido.
Há processos abertos e outros virão.
Vamos agir com muito rigor com relação a isso”, afirmo.
Oposição Na entrevista, Paulo Câmara criticou a postura da oposição diante da crise na segurança.
Sobre o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), derrotado por ele em 2014, que o acusou de terceizar a culpa pela violência, o governador afirmou: “Parece que mostra desconhecimento dele do que é o Pacto pela Vida”.
O socialista frisou que o programa está consolidado. “Se não está dando resultado agora, vai dar.” Polícia Militar Diante da crise com a Polícia Militar, que está em ‘operação padrão’ desde dezembro e cobra a revogação do reajuste salarial sancionado por Paulo Câmara, o governador voltou a defender que greve seria “irresponsabilidade.
Os militares querem a equiparação com os vencimentos da Polícia Civil. “Elas (as polícias) estão muito bem remuneradas.
Vão ser as melhores remunerações do Brasil, por isso a cobrança vai ser muito maior.
As condições estão sendo dadas.” Depois de o governo pedir a dissolução das associações de PMs, Paulo Câmara afirmou: “As associações têm que trabalhar como associações.
O que nós temos visto reiteradas vezes é uma total desobediência ao Estado democrático de direito, às decisões judiciais”, disse. “A gente precisava mostrar que quem comanda a PM são os comandantes.”