Veja a nota oficial da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco Soam, no mínimo, estranhas as declarações do superintendente da CBTU, Leonardo Beltrão, de que o Metrô do Recife não funcionará por falta de “condições de segurança”.
Cabe à própria CBTU garantir a segurança de usuários e funcionários dentro da área do Metrô do Recife, um papel da Polícia Metroviária. É de responsabilidade da Polícia Militar a segurança na área externa. É assim que vem sendo feito há décadas.Inclusive, a Secretaria de Defesa Social divulgou hoje pela manhã esse planejamento de policiamento, a saber, para o dia do desfile do Galo da Madrugada: 1- BPRp com 18 Policiais nas patrulhas + 10 no Posto de Comando na Estação Centro; 2- BPCHoque com apoio de policiais com material de CDC na Estação Centro; 3- Policiamento Montado nas Estações de Joana Bezerra e Centro atuando com três conjuntos (homem+cavalo) É inadmissível que um gestor público trate um tema de tamanha seriedade de forma irresponsável pela Imprensa.
Mas cedo, o Blog de Jamildo revelou que “O metrô do Recife pode não funcionar por falta de condições de segurança”.
Foi o que afirmou ao blog o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) na capital pernambucana, Leonardo Beltrão, nesta terça-feira (21), a quatro dias do início do Carnaval.
O alerta dele vale para o Sábado de Zé Pereira, dia em que acontece o Galo da Madrugada e que o metrô chega a receber 430 mil pessoas, 60 mil a mais do que em dias normais.
Beltrão protocolou um ofício na Secretaria de Defesa Social (SDS) esta tarde, solicitando reforço de 310 policiais militares nas estações e sugerindo que, se não houver efetivo, o Estado peça a presença das Forças Armadas.
Se não houver respostas do governo Paulo Câmara (PSB), o metrô pode parar.
A CBTU está ligada ao Ministério das Cidades, pasta do pernambucano Bruno Araújo, do PSDB.
LEIA TAMBÉM » Governo diz que garante segurança ao cidadão durante o Carnaval 2017 » Às vésperas do Carnaval, Recife vive madrugada de terror e onda de insegurança se espalha “Se não houver as condições de segurança mínima, não vou colocar em risco o patrimônio e os funcionários do metrô e os usuários.
Pode haver depredações e comprometer o funcionamento do metrô por longas datas após o Carnaval ou até morte de usuário ou funcionário”, afirmou o superintendente. “O cenário seria muito arriscado.” » Depois de Camaragibe, Olinda também fixa horário limite (até meia-noite) para funcionamento de Polos do Carnaval » Comandante de Batalhão da PM diz que não tem efetivo para carnaval e “por segurança” sugere “toque de recolher” à meia-noite Segundo Beltrão, há fatores como o excesso de pessoas concentradas em um só lugar em um curto espaço de tempo e o uso de bebidas alcoólicas pelos usuários do metrô.
Este ano, há ainda a ameaça do Sindicato dos Rodoviários de que podem fazer uma paralisação no Carnaval, também por causa da violência – a decisão será tomada em assembleia na próxima quinta-feira (23). “É uma das mais delicadas e complexas operações.
Nos maiores confrontos tem se verificado que só a Polícia Militar, com a experiência e o poder, é capaz de resolver o problema”, disse. “A volta do Galo é que é o ponto mais crítico.” » Dirigentes de associações de PMs são afastados pela SDS » Após troca de comandos, secretário defende respostas “duras” a movimentos de PMs Antes da resposta da Secretaria de Defesa Social, segundo o superintendente, o metrô tem se preparado com o reforço no número de terceirizados da segurança e o treinamento desses profissionais.
Serão cerca de 500 vigilantes, enquanto geralmente é a metade, a maior parte deles na estação Recife, principal ponto de acesso ao percurso do Galo e para onde foram solicitados 50 dos 310 policiais militares.