O ex-ministro do Trabalho Antônio Rogério Magri aproveitou uma plenária da Força Sindical, nesta segunda-feira, no Recife, para criticar o projeto de reforma da Previdência Social do governo Temer.
Com auditório lotado de sindicalistas, Magri participou nesta manhã da abertura o 4º Congresso Estadual da Força Sindical de Pernambuco, com presença dos filiados de todo o estado e da direção nacional da Força Sindical.
As discussões nesta manhã foram centradas no posicionamento da Central com relação às reformas Trabalhistas e da Previdência. “Fui ministro da Previdência e também do Trabalho.
Sei das dificuldades.
Mas, venho aqui endossar as palavras do companheiro Rinaldo Junior, presidente da Força Sindical em Pernambuco.
Há tempo não vejo uma plenária tão respeitosa e vemos que a situação no país é muito delicada e precisamos agir urgentemente.
Na época quando fui Ministro, engavetamos as reformas, porque vimos que não era o momento e precisávamos de mais discussão sobre os assuntos pautados na época.
Era necessária uma discussão ampla, com participação de toda a sociedade, dos trabalhadores, dos patrões, dos intelectuais, para que todos contribuam.
A maioria do Congresso inclusive é aposentada e não representa os trabalhadores” disse Magri, no Recife.
Rogério Magri dividiu a mesa com o vice-presidente nacional da Força Sindical e Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, além do atual presidente Rinaldo Junior, que comanda os trabalhos.
O presidente Rinaldo Júnior fez uma abertura com um discurso duro, criticando as reformas trabalhistas e da previdência. “Essas reformas Trabalhistas e da Previdência impostas por esse Governo Temer não traz nenhuma vantagem para os trabalhadores.
Pelo contrário, retira conquistas históricas, resultado de muita luta, que começou em 1922.
Um retrocesso.
Não podemos nos calar.
O maior poder é o que emana do povo, nas ruas, por isso precisamos ir para as ruas defender os diretos do trabalhador brasileiro”, disse Rinaldo Junior.
No mesmo evento, o ex-ministro Magri convidou o advogado previdencialista Ney Araújo para proferir uma palestra sobre o assunto. “Essa PEC é irreal, um retrocesso social. É o agravamento do empobrecimento no Brasil.
E ninguém melhor do que vocês, sindicalistas, formadores de opinião de todo o estado, para levar essa informação para suas bases, para sua comunidade” ressaltou o advogado.