Continua a caça às bruxas, na PM, depois dos movimentos grevistas que começaram ainda no ano passado.
Sem alarde, no dia 10 de fevereiro, o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, incluiu, entre os primeiros investigados na PM, o presidente da Associação dos Militares do Estado de Pernambuco (AME-PE), tenente Vladimir José de Assis, mais conhecido como Assis.
Foi aberto contra ele um processo chamado de Conselho de Justificação.
Conselho de Justificação é o processo que julga incapacidade do Oficial em permanecer na ativa, que julga seus procedimentos.
Quando se diz que ele vai ser submetido ao Conselho de Justificação quer dizer que ele tem um processo e que pode vir a ser expulso no fim do procedimento.
O oficial submetido ao Conselho de Justificação tem os direitos constitucionais garantidos.
A portaria citando o processo veio a público no Diário Oficial do dia 14 de fevereiro.
No ano passado, o militar já havia sido rebaixado, de capitão para tenente, em um processo ruidoso, mas que já denotava o acirramento das relações.
Na avaliação das associações militares, pelas redes sociais, o Governo do Estado age para retaliar.
Os bombeiros que foram condenados a prisão, por exemplo, são tratados como herós. “Parece que voltamos a ditadura.
Pasmem!
Querem tirar até o nosso sagrado direito de ir e vir.
Direito esse constitucional.
Qual crime cometemos?
Matamos?
Roubamos? É dessa forma que esse governo trata a segurança pública? É lamentável!
Não precisa ser nenhum especialista em segurança pra saber que é por essas e outras que o Pacto pela Vida acabou!
A sociedade pernambucana tem que tomar conhecimento desses absurdos” reclamou, em nota oficial, o presidente da Aspra José Roberto Vieira. “Como trabalhadores não podemos reivindicar melhores salários? É crime?
Não vai ser dessa forma que o governo vai dar um rumo na segurança pública.
A sociedade não quer a prisão dos seus herois.
A sociedade quer a solução dessa crise.
E a solução só chegará com diálogo e não com truculência e perseguição”.