Agência Brasil - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar um dos inquéritos contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) no âmbito da operação.

O arquivamento foi feito a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Neste inquérito, Collor era suspeito de receber vantagens indevidas em uma operação da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, em Salvador.

O senador foi citado na delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

LEIA TAMBÉM » PF prende policiais suspeitos de proteger Sarney, Lobão e Collor da Lava Jato » Janot acusa Collor por 30 crimes de corrupção » Fachin: foro privilegiado é ‘incompatível com o princípio republicano’ Após diversas diligências da Polícia Federal (PF), Janot concluiu não haver provas suficientes para instaurar denúncia. “Seria temerário o oferecimento de uma denúncia com base apenas em declarações de um colaborador”, escreveu o procurador-geral da República ao pedir o arquivamento.

Collor é alvo de mais cinco inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato.

Em um deles, o senador foi denunciado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sob a acusação de receber R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora.

A denúncia, apresentada ao STF em agosto de 2015, ainda não foi julgada.

Lindbergh Farias Fachin também determinou o arquivamento do inquérito no qual o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é investigado pelo crime de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

O ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com a PGR, não foi possível encontrar provas contra o senador que justifiquem o encaminhamento de uma denúncia ao STF.

No pedido, a procuradoria seguiu o mesmo entendimento da Polícia Federal, que, em novembro do ano passado, pediu o arquivamento da investigação. » PGR pede arquivamento de inquérito sobre Lindbergh Farias na Lava Jato » Senador Lindbergh Farias é condenado pela segunda vez em uma semana » Em tempo recorde, Fachin indefere questões de ordem de FBC e Aldo Guedes “Os resultados das diligências realizadas, conquanto não infirmem [tirem a força] as mencionadas declarações, não foram capazes de reforçá-las, persistindo até mesmo dúvidas em relação a circunstâncias essenciais dos fatos aqui versados, tais como o local da primeira reunião entre o investigado e o ex-diretor da petrolífera e a suposta pessoa que teria repassado os R$ 2 milhões”, justificou a PGR.

A investigação contra o senador foi aberta no Supremo em março de 2015, a pedido da PGR.

Na ocasião, a procuradoria afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter recebido, em 2010, a visita de Lindbergh pedindo R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado.