Não podia ter sido mais simbólica a sanção do aumento dos PM pelo governador Paulo Câmara, nesta quinta-feira, um dia antes do previsto na semana passada.
O governador assinou o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa sem a presença de associações militares, toleradas em passado recente, ou políticos oriundos da farda, como Joel da Harpa, eleito deputado estadual depois da primeira greve sob a gestão Paulo Câmara.
No lugar das associações militares, que na verdade funcionam como sindicatos, o governador do PSB chamou os comandantes da PM e dos Bombeiros, em uma clara mensagem de valorização da hierarquia no serviço militar.
Não foi só.
Nesta mesma quinta-feira, começaram as punições nos bombeiros, uma semana depois das primeiras punições dos PMs que participaram das manifestações nas ruas ou nas redes.
Atingiu 38 bombeiros.
Foram detenções de 20 a 30 dias.
Por participação, sem protagonismo, em assembleia para a qual o comando da PM havia determinado que não houvesse presença dos militares. “Trata-se do maior acordo de valorização funcional da história de Pernambuco, num grande esforço do Governo do Estado em meio a mais forte crise econômica que o País enfrenta.
A PM e o CBM vão ter um reajuste médio de 25%”, destacou o governador, no evento.
O reajuste representará um acréscimo de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017.
O aumento foi dividido em etapas, nos meses de Maio de 2017, Abril de 2018 e Dezembro de 2018.
A tabela mostra os valores atuais e os corrigidos até o final do próximo ano.
No balanço apresentado pelo governador, nos últimos dois anos, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar receberam um aumento médio de 20% em 2015 e 20% em 2016. “A política salarial tem objetivado reduzir a diferença de soldo entre os oficiais e os praças”.
O Governo do Estado ressalta que promoveu o maior conjunto de conquistas da história da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros em Pernambuco, de 2015 a 2017. “Nesse dois anos, o Governo adotou diversas providências para a valorização da carreira militar do Estado, a exemplo da instituição de um plano de cargos, aumento do auxílio (transporte, farda e refeição) e da realização de um volume de promoções sem precedentes.
Em 2015, foram 5.700 promoções; em 2016, 2.200 mil promoções; e 2017, 1.800 mil promoções.
Num total de 16.800 mil promoções”.