Na semana passada, no programa Resenha Política, na TV JC, o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, admitiu que a campanha realizada pela associações militares, na quebra de braço com o governo, havia conseguido reduzir a eficiência da PM, depois que uma parte dos PMs começaram a se recusar a fazer hora extra para o próprio Estado.
O nome do programa é pomposo, PJES, significando Programa de Jornada Extra de Segurança.
Paulo Câmara sanciona aumento dos Policiais Militares, na presença dos comandos da PM e do BM, sem associações e políticos O objetivo claro é tentar ampliar o efetivo das forças de segurança a serviço da população de Pernambuco.
Criado em 1999, o programa dà aos policiais oportunidade de melhorarem sua remuneração trabalhando para o Estado, uma vez que a Constituição exige deles dedicação exclusiva ao poder público.
Primeiros 38 bombeiros são punidos com detenção por ter participado de reunião grevista Veja os nomes dos 43 primeiros PM e bombeiros processados por indisciplina e quebra da hierarquia militar pela SDS Pois bem.
Neste mesmo dia em que assinou o reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa, o governo Paulo Câmara mandou reajustar os valores pagos aos PMs, de olho em uma normalização do efetivo, com vistas, obviamente à segurança no Carnaval.
Várias cidades da Região Metropolitana do Recife, na dúvida, estão limitando os horários da festa.
Não pode passar de meia noite.
Caso haja um movimento inverso dos militares que entregaram antes o PJES, pode ser a tacada final da SDS e do governo Paulo Câmara nas associações.
O primeiro passo foi afastá-las das mesas de negociação, dando moral aos comandantes.
O entendimento é simples: em uma jogada só mata-se dois coelhos com uma cajadada.
Além de eliminar agentes sindicais já cooptados pela oposição, ainda se reestabeleceria a ordem nos quarteis.
As novas regras estão no decreto do governador Paulo Câmara que será publicado na edição de amanhã (17) do Diário Oficial do Estado, com validade imediata .
Pelo decreto, a jornada extra dos praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) passará de R$ 120,00 para R$ 200,00 – mesmo patamar a que chegarão os agentes da Polícia Civil.
Os oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis), delegados e peritos criminais receberão R$ 300,00, contra os atuais R$ 270,00.
Se cumprir toda a carga horária disponível, um praça poderá aumentar sua remuneração em R$ 2 mil, sendo R$ 3 mil para oficiais, delegados e peritos criminais. “O objetivo é ampliar a atratividade para os policiais que preferem trabalhar em seu horário de folga”, diz o governo.
A Secretaria de Defesa Social aplicará R$ 2,7 milhões a mais por mês no Programa de Jornada Extra.
Hoje, o programa tem um custo mensal de 9,2 milhões e, com o aumento para todas as patentes e categorias das polícias Militar, Civil, Científica e Bombeiros, irá para R$ 11,9 milhões, ou seja, aproximadamente R$ 2,7 milhões de incremento.
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Em vez de dar uma contra proposta salarial, ele reafirma a proposta antiga, mostrando intransigência na negociação.
Toda a população está vendo isso, reforçando a imagem que o governador fez da tropa, imagem de não comprometimento com a segurança pública e de ingratidão.
Por perceber q Alberrison não vai aceitar nenhuma proposta do governo, me sinto cansado, pois o movimento já está desgastante.
A entrega de pjes não é entrega da escravidão, e sim uma entrega de salário para muitos.
Por isso, espero que Alberrison resolva logo, em vez de ficar de quebra de braço com o governo, pois o sacrifício de entrega de quase metade do salário não é coisa que se aguente por mui tempo”, descreve uma das mensagens, enviada ao Blog.